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Madeira pode ter dívida superior a 8000 milhões de euros

alberto_joao_jardim3Com o decurso das investigações sobre alegados ilícitos praticados pelo Governo Regional da Madeira, no processo ‘Cuba Livre’, surgem novos números da dívida da região, que pode ascender a 8000 milhões de euros. De acordo com o DN, há obras sem fatura, outras que não constam do orçamento, o que faz crescer a dívida, para mais 2000 milhões.

O Governo Regional da Madeira terá realizado obras sem faturas e outras que não tiveram cabimento orçamental. Entre a lista de ilegalidades cometidas, descobertas na operação ‘Cuba Livre’, levada a cabo pelo DCIAP, há um denominador comum: uma ligação pouco clara entre o executivo de João Jardim e empresas de construção da Madeira.

O resultado são dados ocultos, que se repercutem na dívida da região. Aos 1,6 mil milhões de euros de dívida oculta, juntar-se-ão mais dois mil milhões, de um total que pode ascender a 8000 milhões, segundo escreve o Diário de Notícias na sua edição de hoje.

O DCIAP está a levar a cabo uma análise detalhada, no âmbito do processo ‘Cuba Livre’, que há vários meses investiga os negócios realizados pelo Governo Regional da Madeira com empresas, sobretudo do setor da construção civil, para avaliar eventuais ilícitos do executivo de Alberto João Jardim.

Os documentos que foram apreendidos nas buscas de anteontem, na antiga Secretaria do Equipamento Social, estão a ser cruzados com outras informações recolhidas nas empresas, nesta investigação que tenta apurar a dimensão do buraco da Madeira e eventuais negócios ilícitos, com prejuízo para o erário público.

Entretanto, hoje, na Assembleia da República, Guilherme Silva, deputado madeirense e social-democrata, revelou que tem “muita dificuldade em admitir” que diversas entidades nacionais (desde o Banco de Portugal ao Tribunal de Contas, passando pela Inspeção-Geral das Finanças) não tenham detetado estas ilegalidades, “uma vez que “tiveram acesso a toda a informação financeira” do Governo Regional da Madeira.

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