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Madagáscar volta hoje às urnas para eleger deputados à Assembleia

Cinco meses depois do duelo entre os candidatos à Presidência de Madagáscar, que culminou na vitória de Andry Rajoelina sobre o seu eterno rival Marc Ravalomanana, os malgaxes voltam hoje às urnas, agora para eleger os deputados ao parlamento.

Depois da derrota de dezembro, Marc Ravalomanana tem-se multiplicado em apoios aos candidatos do seu partido, TIM, e mostrado determinação em vencer a terceira ‘rodada’ daquele país insular com cerca de 25 milhões de habitantes.

Quando a campanha arrancou, no início de maio, manifestou o seu desapontamento pela derrota nas presidenciais e vincou a necessidade de o partido se levantar neste novo embate eleitoral. “Somos vencedores e não seremos derrotados”, referiu, na ocasião, Marc Ravalomanana.

Com o envolvimento nesta campanha limitado devido às suas funções de chefe de Estado, Andry Rajoelina tem promovido múltiplas inaugurações e visitas a todas as zonas da ilha, sempre acompanhado por candidatos da sua aliança política.

Através do Twitter, e depois de uma viagem a Diego Suares (no norte do país), Andry Rajoelina escreveu esta semana que “estamos com dedicação para mudar a vida” de Madagáscar e “desenvolver o nosso pais”.

Nesta eleição espera-se um ‘cara a cara’ entre as fações dos dois principais opositores nas presidenciais, com os candidatos do Tim a reconhecerem que ficaram desapontados com a derrota de Marc Ravalomanana, mas a assumirem que este desfecho os motivou querer ganhar agora com maioria.

Os apoiantes da plataforma de Rajoelina alertam, por seu lado, para a necessidade de obterem uma maioria de deputados na Assembleia, que garanta estabilidade e evite uma guerra política nestes próximos cinco anos.

Em 2013, Hery Rajaonarimampianiana foi eleito para a Presidência sem apresentar candidatos para as eleições legislativas, contando com o apoio de uma maioria de deputados independentes e com o partido de Rajoelina.

Mas quando, em 2018 o partido de Rajoelina se juntou a Ravalomanana para se opor à aprovação de novas leis eleitorais – nomeadamente uma que suspenderia uma disposição que impedia os candidatos da oposição de participar nas próximas presidenciais -, o país mergulhou numa crise que culminou com a queda do Governo, após dois meses de fortes e violentos protestos nas ruas.

Lembrando estes acontecimentos, os candidatos do Presidente têm afirmado que os malgaxes “não querem reviver” estes tempos.

Nesta eleição de segunda-feira, a moldura de candidatos independentes torna improvável a formação de uma maioria estável em Madagáscar, que tem um regime semipresidencial.

Lusa

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