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Machete no Parlamento e na PGR: Bloco apresenta queixa contra o ministro

rui machetex210O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, vai hoje ao Parlamento explicar-se sobre as recentes polémicas e ficou a saber que será alvo de uma queixa na Procuradoria-Geral da República, apresentada pelo Bloco de Esquerda, por ter alegadamente mentido ao Parlamento.

Rui Machete, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, vai hoje ao Parlamento para se pronunciar novamente sobre a posição acionista na Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que detinha o Banco Português de Negócios (BPN). Da última vez que prestou declarações aos deputados, o governante proferiu um “erro involuntário” que justificou, hoje, a apresentação de uma queixa na Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter, alegadamente, mentido ao Parlamento.

Em causa está o facto de Rui Machete ter dito que nunca possuíra ações da SLN, o que é mentira: o próprio governante assumiu posteriormente que possuía títulos da gestora do BPN. O ministro garantiu que foi “uma incorreção factual” e “um erro involuntário” e insistiu que nunca pretendeu ocultar a posse desses títulos.

Rui Machete foi novamente chamado pelo Parlamento para se explicar sobre essa “incorreção”, mas no mesmo dia da audição – hoje – ficou a saber que o Bloco de Esquerda, por intermédio do coordenador João Semedo, apresentou uma queixa na PGR pelas alegadas mentiras na referida audição parlamentar.

A sustentar a queixa do Bloco está a carta que Rui Machete, em 2008, escrevera ao então líder da bancada bloquista, Luís Fazenda, assegurando que nunca possuiu ações da SLN. O partido apresentara um projeto de deliberação para que fosse o próprio Parlamento a apresentar a queixa junto da PGR, mas esse projeto acabou chumbado pela maioria PSD/CDS.

O ministro de Estado recusou pronunciar-se sobre o tema, avança a Lusa. Para além da “incorreção factual”, Rui Machete vai ainda explicar-se, na audição de hoje, sobre o “pedido de desculpas diplomáticas” que terá apresentado a Angola por investigações da Justiça portuguesa a cidadãos angolanos, que se junta à polémica do BPN.

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