Economia

Macedo diz que CGD não tenciona novos aumentos de comissões além dos comunicados

O presidente da CGD disse hoje que o banco não conta aumentar comissões para os particulares em 2020, além das subidas já comunicadas, e que o banco não conseguirá cumprir o aumento das receitas com comissões definido no plano estratégico.

“Só numa alteração de cenários em cima da mesa a CGD pondera voltar a alterar comissões em 2020. Só por alguma alteração das circunstâncias. Porque a Caixa não tenciona voltar a aumentar comissões nos clientes particulares”, referiu Paulo Macedo.

O gestor líder da Caixa Geral de Depósitos (CGD) afirmou ainda, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados, em Lisboa, que o banco não vai conseguir cumprir o objetivo do plano estratégico, definido entre o Estado português e a Comissão Europeia, de aumentar o valor arrecadado em comissões em 100 milhões de euros em quatro anos.

“Estamos muito aquém nas comissões, muito aquém”, afirmou, quando se referiu ao cumprimento de várias metas do plano estratégico.

Macedo disse ainda que, nos últimos anos, tanto o valor arrecadado em comissões de clientes particulares como de clientes empresariais tem-se reduzido na CGD e voltou a afirmar que o banco tem mais de um milhão de clientes isentos, considerando “populismo” o tema das comissões no banco público.

Nos primeiros nove meses deste ano a CGD conseguiu 306,8 milhões de euros em comissões na atividade em Portugal, mais 1,4 por cento face ao mesmo período de 2018.

Na atividade internacional, as comissões aumentaram 2,5 por cento para 67 milhões de euros.

Em outubro, o tema das comissões da CGD voltou ao debate, quando foi conhecido um novo e polémico anúncio de aumento de comissões na operação em Portugal.

Então, Macedo recusou veementemente que tenha havido um “aumento brutal” das comissões bancárias.

A CGD divulgou hoje que obteve lucros de 640,9 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, mais 73,5 por cento do que nos mesmos nove meses de 2018.

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