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Macau discute comércio de diamantes na Bélgica e serviços financeiros no Luxemburgo

Macau anunciou que vai aumentar a cooperação com a Bélgica para desenvolver a indústria de diamantes e o intercâmbio entre as duas regiões, numa altura em que o território se prepara para aplicar o processo Kimberley.

As “duas partes concordaram em alargar os canais de cooperação para promover o desenvolvimento da indústria de diamantes e o intercâmbio entre as duas regiões, no sentido de promover os benefícios e ganhos mútuos”, referiu um comunicado das autoridades, divulgado na terça-feira.

Este regime de certificação, fundamental para que as regiões produtoras possam exportam diamantes em bruto para Macau, deverá entrar em vigor no território em 01 de outubro próximo, de acordo com as autoridades.

Criado em 2003 para acabar com os “diamantes de sangue”, extraídos de zonas em guerra, o processo Kimberley vai permitir a Macau desenvolver esta indústria à luz das regras internacionais, contribuindo, segundo o Executivo, para a diversificação da economia.

Na Bélgica, a delegação de Macau, liderada pelo secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong Vai Tac, visitou o Centro Mundial de Diamantes de Antuérpia, onde são comercializados 80 por cento dos diamantes em bruto a nível mundial.

Na cidade belga, Leong salientou que Macau é “um porto franco, em que a entrada e saída de bens e fundos são convenientes”.

Assim, a aplicação do processo Kimberley vai permitir ao território desempenhar “plenamente o papel de plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países lusófonos”, acrescentou.

Em abril, quando a lei que prevê a aplicação do regime Kimberley foi aprovada na Assembleia Legislativa, O Governo de Macau considerou que a promoção da indústria de diamantes no território “vai contribuir para a diversificação adequada da economia local”.

Em junho do ano passado, Macau assinou um acordo com a Bolsa de Diamantes de Xangai, para ser um centro de comércio de diamantes, aproveitando o papel de plataforma entre a China e os países lusófonos, que detêm a matéria-prima.

Já no Luxemburgo, nos encontros mantidos com responsáveis locais, o governante de Macau frisou que Macau “deve assegurar e definir bem a sua posição, tendo presentes as experiências do Luxemburgo no que toca ao enriquecimento dos elementos da cadeia da indústria financeira e das infraestruturas de apoio”.

Neste sentido, o Governo “deve criar boas condições de negócios para os investidores a estabelecerem sociedades em Macau, tendo presente o seu ambiente setorial” e o seu papel enquanto plataforma, sublinhou Lionel Leong.

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