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Macau/20 anos: Prioridade é diversificar economia e seguir orientações de Xi Jinping — novo líder

A prioridade de Macau passa por apostar na diversificação da economia e em seguir as orientações do Presidente chinês, defendeu hoje o novo chefe do Governo, Ho Iat Seng, que tomou posse esta manhã.

“Eu e o novo Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] iremos implementar seriamente as orientações e as exigências transmitidas pelo Presidente Xi e empenhar esforços na implementação bem-sucedida, estável e duradoura do princípio ‘um país, dois sistemas’ com caraterísticas de Macau”, afirmou, numa cerimónia de comemoração do 20.º aniversário do antigo território administrado por Portugal.

O ex-presidente da Assembleia Legislativa (AL) sublinhou também que “a política de diversificação adequada da economia e de otimização da estrutura industrial reúne um amplo consenso social”, razão pela qual será uma das prioridades nas políticas do novo Governo.

“Sendo o nosso objetivo a construção de um Governo orientado para servir a população, iremos reforçar a gestão da equipa dos funcionários públicos, a consciência de responsabilidade dos governantes e a construção de um Governo impoluto”, destacou, por outro lado, Ho Iat Seng.

Naquele que foi o momento mais aplaudido, o governante lembrou que horas antes, durante a tomada de posse do novo executivo, “o Presidente Xi destacou que (…) os assuntos das duas regiões administrativas especiais [Macau e Hong Kong] são totalmente assuntos internos da China”, pelo que não se deve tolerar o julgamento ou a ingerência promovida por qualquer força externa, resumiu.

Ho frisou a importância da visita de Xi Jinping, que “traçou um novo plano de desenvolvimento de Macau”, algo que, sustentou, “demonstra a elevada atenção dada pelo Governo central a Macau”.

O que, afirmou, motiva o novo Governo “a prosseguir de forma plena e correta a política orientadora de ‘um país, dois sistemas’, a cumprir estritamente a Constituição e a Lei Básica, a salvaguardar com firmeza o poder pleno de governação do Governo central, e a defender com perseverança a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do país”.

O novo Governo de Macau, liderado por Ho Iat Seng, tomou hoje posse perante o Presidente da República Popular da China.

Trata-se do quinto Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), que celebrou hoje o seu 20.º aniversário, depois de em 20 de dezembro de 1999 o território ter voltado à tutela da China, após mais de 400 anos de administração portuguesa.

Depois de Ho Iat Seng prestar juramento perante Xi Jinping, pouco depois das 10:00 (02:00 em Lisboa), foi a vez da tomada de posse dos secretários que integram o novo executivo.

Do Governo anterior mantêm-se Wong Sio Chak, como secretário para a Segurança, e Raimundo Arrais do Rosário, como secretário para os Transportes e Obras Públicas.

Como secretário para a Administração e Justiça tomou posse André Cheong Weng Chon, que transita do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), para secretário para a Economia e Finanças foi escolhido Lei Wai Nong, ex-vice-presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (antigo Leal Senado), enquanto Ao Ieong U, que exercia as funções de diretora dos Serviços de Identificação, ocupa desde hoje o cargo de secretária para os Assuntos Sociais e Cultura.

Tomaram ainda posse o comissário contra a Corrupção, Chan Tsz King, o comissário da Auditoria, Ho Veng On, que se mantém nas funções, o diretor dos Serviços de Alfândega, Vong Man Chong, que era subdiretor destes serviços, e o procurador do Ministério Público, Ip Son Sang, que se mantém no cargo.

Na cerimónia da tomada de posse estiveram presentes os anteriores chefes do Governo a RAEM, Edmund Ho e Fernando Chui Sai On, que exerceram ambos dois mandatos no cargo, e a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam.

O Presidente chinês partiu hoje de Macau, após uma visita que serviu para destacar o progresso da região nos últimos 20 anos desde a transição da administração de Portugal para a China sob a fórmula ‘um país, dois sistemas’.

A transferência da administração de Macau de Lisboa para Pequim, em 1999, garante ao território um elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário.

A fórmula aplica-se também à outra região da China com esta administração especial, Hong Kong, onde os últimos seis meses têm sido marcados por protestos o poder político.

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