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Lusodescendente cria academia virtual para ensinar língua portuguesa

A “Mais idiomas” é uma academia de línguas virtual, centrada na promoção da língua e cultura portuguesa, desenvolvida por Sandra Teixeira, uma professora de português. Esta nova plataforma tenta contrariar as “condicionantes” do tradicional sistema de ensino.

“Com a Mais Idiomas as pessoas podem aprender português, através de plataformas como o Skype ou Zoom, regular as suas horas, acabar cada nível no tempo que quiserem e, dependendo da urgência que tenham, ter mais ou menos horas de aulas”, explicou Sandra Teixeira.

À agência Lusa, a professora esclareceu que qualquer pessoa com mais de 12 anos pode inscrever-se na plataforma, sendo que será submetido, aquando da inscrição, a um teste inicial de português, espanhol e inglês, de acordo com a língua pretendida.

“Há pessoas habituadas às aulas presenciais” e “custa-lhes um pouco habituar-se a este novo sistema, a ter que estabelecer uma ligação a determinada hora e até a usar um manual totalmente digital, mas uma vez que começam ficam apaixonadas pelo sistema”, explicou a promotora.

No entender de Sandra Teixeira, este método de ensino elimina outras condicionantes, visto poder ter-se aulas a partir de casa, do escritório ou de qualquer outro lugar.

Apesar do projeto ter surgido há um ano, apenas foi apresentado no passado dia 10 de junho, Dia de Portugal.

“O português está no seu melhor momento, é a língua mais procurada aqui na Venezuela. As pessoas procuram aprender por motivos comerciais, profissionais e de estudos. Seria importante que houvessem mais professores porque há uma deficiência de professos no país”, sublinhou.

A Mais Idiomas tem também ajudado as crianças que revelam mais dificuldades na escola, permitindo que estas tenham um reforço educacional a partir de casa.

A promotora explica ainda que, na Venezuela, o ensino virtual “ajuda as pessoas que não têm acesso às aulas de português” pela via tradicional, porque “não há escolas, institutos ou professores em todos os Estados” do país.

“Nós pensamos nessas pessoas. Sabemos que há gente que quer aprender, que não vivem na capital e nós damos-lhe uma opção, a possibilidade de aprender a Língua portuguesa, sem ter que estar aqui”, frisou.

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