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Luís Onofre nomeado presidente da Confederação Europeia de Indústrias de Calçado

O presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Luís Onofre, foi nomeado presidente da confederação europeia do setor para o próximo triénio, numa demonstração do prestígio internacional de Portugal nesta indústria, anunciou hoje o ministro da Economia.

“O presidente da APICCAPS [Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos], Luís Onofre, acaba de ser nomeado presidente da Confederação Europeia de Indústrias de Calçado (CEC)”, afirmou Pedro Siza Vieira à margem de uma visita à delegação de 90 empresas portuguesas que participa até quarta-feira, em Milão, na maior feira internacional do setor do calçado, a Micam.

Em declarações aos jornalistas, o governante destacou tratar-se de “uma distinção não apenas à pessoa e à sua capacidade de liderança, mas também um reflexo da importância que a confederação europeia atribui ao setor em Portugal”, e que permitirá ao país “contribuir para a afirmação da indústria europeia, mas particularmente para a elevação da imagem de Portugal”.

“A forma como o mundo aprecia o percurso da indústria portuguesa de calçado é impressionante, é um caso de estudo e um exemplo internacional e no país”, sustentou Siza Vieira.

Para Luís Onofre, a presidência da CEC – que assume a partir de maio – “é um prestígio” pessoal e para o setor, que pretende aproveitar “para ajudar a indústria portuguesa a ser cada vez mais reconhecida a nível internacional” e para avaliar com mais profundidade “algumas situações que se passam a nível da Europa”.

Afirmando-se “impressionado com a presença portuguesa” na feira de Milão, onde Portugal se destaca como a segunda maior delegação estrangeira, depois de Espanha, o ministro Adjunto e da Economia destacou o papel de “suporte” que tem vindo a ser desenvolvido pela APICCAPS, apontando-a como “protagonista da transformação notável” da indústria nacional do setor.

Relativamente ao desempenho do setor português do calçado em 2018, em que – segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) – as exportações aumentaram 0,98 por cento em volume (para perto de 84 milhões de pares), mas recuaram 2,85 por cento em valor (para 1.904 milhões de euros), Siza Vieira considerou que que “o grande trabalho que há que continuar a fazer é na diversificação de mercados e na promoção externa”.

“Essa ligeira redução da faturação nas exportações também tem a ver com a circunstância de os consumidores internacionais estarem a evoluir nas suas preferências e haver, neste momento, alguma procura por materiais alternativos que não a pele e que não são tão caros”, referiu.

Contudo, disse, “as empresas portuguesas têm conseguido saber adaptar-se a essas mudanças na procura”, sendo que a indústria nacional se distingue por ser “muito flexível, rápida e capaz de responder às necessidades do mercado”.

Ao nível da promoção externa, Siza Vieira apontou o investimento de 16 milhões de euros programado para este ano pela APICCAPS, com o apoio do Programa Compete, a que acrescem mais dois milhões de euros na valorização das marcas portuguesas.

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