Desporto

Luís Castro quer Vitória avançado no terreno frente ao Benfica

O treinador Luís Castro considerou hoje que o Vitória de Guimarães pode obter um “bom resultado”, caso consiga jogar em zonas adiantadas do relvado, frente ao Benfica, no jogo inaugural da I Liga portuguesa de futebol de 2018/19.

Apesar da derrota com o Tondela (2-0), que ditou, na segunda-feira, a eliminação vitoriana da Taça da Liga, o técnico afirmou que a turma minhota vai manter-se fiel às suas “convicções” e que pode ter mais hipóteses de sucesso em Lisboa, se levar o jogo para o meio-campo adversário, algo a que o Benfica está menos habituado, a seu ver.

“É natural que o Benfica se sinta menos bem a defender, porque é uma equipa voltada para o momento ofensivo, até pela posse de bola que vai tendo em cada jogo. Transportar o jogo para o meio-campo do Benfica, conseguir lá ter bola e ser agressivo no último terço é o ideal”, disse o técnico, na conferência de antevisão ao jogo agendado para sexta-feira, às 20:30, no Estádio da Luz, em Lisboa.

O novo ‘timoneiro’ vitoriano reconheceu, porém, que vai ser difícil colocar tal ideia em prática, frente a “um dos crónicos candidatos ao título”, que vai procurar impor o seu futebol e dificilmente vai facilitar, pelo facto de estar a meio da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, com os turcos do Fenerbahçe – os portugueses venceram a primeira mão, na terça-feira, por 1-0.

“Uma coisa são os preconceitos, outra é a realidade. As equipas estão focadas no jogo imediatamente a seguir. Não há um treinador que prepare uma equipa para dois jogos. Não estou convencido de vantagem alguma, porque jogamos contra o Benfica no meio de uma eliminatória”, adiantou.

Com o eixo da defesa desfalcado para a visita à Luz, já que Frederico Venâncio está descartado, com uma entorse no tornozelo esquerdo, e Pedro Henrique está em dúvida, com uma mialgia, Luís Castro disse querer melhorias no aspeto defensivo, sobretudo na “concentração” com que encara os lances de bola parada.

O treinador assumiu também que a equipa a seu cargo, apesar de ter criado 17 possíveis situações de finalização em 117 ataques, frente ao Tondela, precisa de subir de rendimento nesse capítulo e de “aumentar o volume de finalização em função do número de ataques” para os 20 por cento, valor que adiantou ser a “média”, no futebol.

O técnico realçou também que o Vitória, no jogo de segunda-feira, pelo qual assumiu a responsabilidade da derrota, entrou em campo com nove jogadores novos no plantel e precisa ainda de melhorar a “coordenação técnica e tática” no relvado.

Com o objetivo de atingir as competições europeias da próxima época através do campeonato, Luís Castro sublinhou que o grupo por si orientado precisa de saber projetar-se dos “momentos de infortúnio” que vão acontecer, para “patamares de rendimento elevado”, na “maratona de 34 jornadas”.

“Não quer dizer que tenhamos de ganhar 10 jogos seguidos para atingir o sucesso. Muitas vezes, perdem-se dois e ganham-se oito ou ganham-se três e perde-se um. Vai haver uma intermitência ao longo do campeonato. O que interessa é que, no final, o somatório nos permita atingir os objetivos”, rematou.

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