Equipa de cientistas descobre um novo planeta composto por carbono cristalino. É diamante no estado puro, uma ‘preciosidade’ até agora perdida na Via Láctea, a longínquos 4000 anos-luz. Tem cerca de cinco vezes o tamanho da Terra e já foi batizado: Lucy.
Quando os Beatles cantaram ‘Lucy in a Sky With Diamonds’, em 1967, estariam longe de imaginar que a música (uma alusão ao LSD) pudesse inspirar o batismo de um planeta. Mas a verdade é que o planeta de diamante, descoberto por uma equipa de astrónomos internacional, já tem nome. Lucy, precisamente.
Não é uma certeza, não parece ser alucinação, mas tudo indica que o novo planeta é formado por carbono cristalino. E nem a distância da Terra impediu que ‘brilhasse aos olhos’ de uma equipa de astrónomos, de diferentes países.
Além da sua composição, impressiona a dimensão: o Planeta Azul multiplicado por cinco. É um diamante gigantesco, que orbitra em redor de um estrela de neutrões. E foi precisamente a análise a esta estrela, visível através de telescópios colocados na Austrália, que permitiu detetar o planeta.
Falta determinar a forma real, mas há mais dados a acrescentar à descoberta. Prevê-se que tenha a mesma massa de Júpiter, ainda que 20 vezes mais densa. Além de carbono, deverá conter também oxigénio na superfície e, em princípio, hélio e hidrogénio.
Lucy, segundo a equipa liderada por Matthew Baile (docente em Melbourne, Austrália, na Universidade de Tecnologia de Swinburne), é ainda um mistério por decifrar, muito mais misterioso do que a canção dos Beatles. Certo é que não se trata de uma visão alucinogénica.