Economia

Lucros da Nestlé cresceram 19 por cento para 5016 milhões de euros no primeiro semestre

A multinacional suíça Nestlé obteve um lucro líquido de 5.016 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um aumento de 19 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da companhia.

O aumento foi principalmente resultado de receitas de vendas de negócios, impostos mais baixos e melhor atividade operacional, disse a empresa com sede em Vevey, na Suíça.

As vendas da Nestlé aumentaram 2,3 por cento entre janeiro e junho, para 37.821 milhões de euros.

Todos os ramos de negócios cresceram, liderados pelo café, pelos animais de companhia (pet care) e pela Nestlé Ciência e Saúde.

Os alimentos para crianças e bebés tiveram uma aceleração no crescimento, “com uma grande melhoria em toda a geografia no lançamento de novos produtos”, disse a empresa.

O crescimento das vendas subiu sobretudo na América do Norte e na China, de acordo com a Nestlé.

O lucro operacional da multinacional chegou aos 6.631 milhões de euros, 19 por cento mais, enquanto o lucro antes dos impostos atingiu os 6.333 milhões de euros, o que representa também um aumento de 19 por cento

O fluxo de caixa livre aumentou 52 por cento no primeiro semestre do ano, passando de 1.636 milhões para 2.497 milhões de euros.

A Nestlé confirmou ainda as perspetivas para o conjunto do ano fiscal, em que espera um crescimento das vendas na ordem dos 3 por cento.

Os cortes de restruturação, sem incluir perdas de ativos fixos, litígios e contratos onerosos, rondaram os 603 milhões de euros, indicou a empresa.

O presidente da multinacional suíça, Mark Schneider, sublinhou que o resultado dos seis primeiros meses do ano confirma que as suas iniciativas estratégicas e a sua execução rigorosa “estão claramente a dar resultados”.

“A Nestlé manteve o crescimento orgânico encorajador que observámos no início do ano e, em particular, os mercados norte-americano e chinês mostraram uma melhora significativa”, destacou Schneider.

O responsável foi recentemente criticado pelo fundo de investimento Third Point, controlado pelo investidor ativista dos EUA Daniel Loeb, que considera a sua estratégia de negócios “confusa” para aumentar o valor do negócio para os acionistas.

Segundo a imprensa suíça, Loeb considera, entre outros argumentos, que a empresa, que iniciou uma estratégia de transformação com a chegada de Schneider, no início de 2017, não descola com a rapidez suficiente dos negócios e atividades que não crescem ou são menos lucrativas.

Isso apesar das medidas promovidas por Schneider, como a recompra de ações, a aquisição de direitos para a Starbucks de comercializar fora dos seus estabelecimentos os produtos de café e chá da maior cadeia de cafetarias do mundo ou a compra de empresas com rápido crescimento, como a Blue Bottle Coffee.

“A nossa evolução em termos de margens está alinhada com a nossa meta para 2020 e estamos a criar valor procurando crescimento e lucro de forma equilibrada. Acelerámos os nossos esforços de inovação de produtos para impulsionar ainda mais o crescimento e iniciámos uma redução significativa de custos, especialmente na área da Europa, Oriente Médio e Norte da África e no nosso centro corporativo”, salientou hoje Schneider.

A Nestlé indicou também que o processo para estudar opções estratégicas para o futuro do negócio de Seguros de Vida Gerber “está no caminho certo” e que uma decisão final é esperada ao longo deste ano.

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