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Lucros da indústria na China recuam 14 por cento em janeiro e fevereiro

Os lucros da indústria na China registaram uma queda homóloga de 14 por cento, em janeiro e fevereiro, acompanhando a tendência registada noutros indicadores económicos do país, numa altura de disputas comerciais com os Estados Unidos.

Segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, os lucros fixaram-se em 708.010 milhões de yuan (93.600 milhões de euros).

Para este indicador, as estatísticas chinesas consideram apenas empresas industriais com receitas anuais superiores a 20 milhões de yuan (2,5 milhões de euros).

O portal estatístico do GNE Zhu Hong atribuiu a queda acentuada à paragem nas fábricas, por altura do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, que todos os anos se realiza entre janeiro e fevereiro.

Mas os resultados sugerem também o efeito das taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos.

A ascensão ao poder de Donald Trump nos EUA ditou o espoletar de disputas comerciais, com os dois países a aumentarem as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um.

Os EUA temem perder o domínio industrial global, à medida que Pequim tenta transformar as firmas estatais do país em importantes atores em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os dois países realizam na quinta-feira mais uma ronda de negociações, visando chegar a um acordo que ponha fim às disputas comerciais.

Já em dezembro passado, aquele índice registou uma queda homóloga de 1,9 por cento, no segundo resultado negativo em três anos, após o registado em novembro.

Segundo Zhu, a indústrias automóvel, processamento de petróleo, aço e de produtos químicos foram as que registaram maiores perdas.

Nos dois primeiros meses, os lucros das empresas industriais estatais caíram 24,2 por cento, em termos homólogos, enquanto os lucros das firmas privadas caíram 5,8 por cento.

As empresas manufatureiras e de mineração registaram uma queda nos lucros de 15,7 por cento e 12,6 por cento, respetivamente.

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