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Luanda recebe menos de um terço das unidades diárias de sangue necessárias

A capital angolana, Luanda, tem uma procura diária de 290 unidades de sangue, mas as doações atingem apenas as 80 unidades, informou hoje a diretora-geral do Instituto Nacional de Sangue, Deodete Machado.

A responsável, que falava à margem do I Fórum Nacional de Hemoterapia, que hoje se realizou em Luanda, relatou as dificuldades na aquisição do sangue, salientando que 82 por cento dos doadores são familiares dos pacientes.

Segundo Deodete Machado, o défice de sangue condiciona os pedidos que recebem dos Hospitais Pediátrico, Américo Boavida e do Instituto de Luta contra o Cancro, tendo por isso de priorizar o atendimento a mulheres, crianças, doentes com cancro, pacientes envolvidos em acidentes de viação e submetidos a cirurgia cardíaca, anemia falciforme.

Deodete Machado disse que o Instituto tem apenas 14 mil dadores voluntários, número insuficiente para atender à demanda.

“O grande problema do instituto é a falta de sangue, ele só é produtivo se responder às suas responsabilidades, e se não forem os humanos a darem (sangue) não tem como ultrapassar essa carência”, disse a responsável, citada pela agência noticiosa angolana, Angop.

A diretora-geral do Instituto Nacional de Sangue sublinhou que “uma unidade de sangue salva quatro vidas”.

“Por isso vamos levar a informação para assim ajudar a diminuir o número elevado de óbitos por falta de sangue”, realçou.

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