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Livros de Kalaf Epalanga e de Lula da Silva na corrida ao Prémio Jabuti

O livro de Kalaf Epalanga “Também os brancos sabem dançar” está nomeado na categoria de melhor capa do Prémio Jabuti 2019, que tem também como finalistas o ex-presidente brasileiro Lula da Silva e o estreante Geovani Martins.

O Prémio Jabuti, principal galardão literário do Brasil, divulgou na quinta-feira os dez finalistas para cada uma das suas categorias.

O livro “Também os brancos sabem dançar: um romance musical”, do escritor e músico angolano residente em Portugal Kalaf Epalanga, figura na lista dos nomeados, na categoria de melhor capa.

Trata-se de uma obra publicada no Brasil pela editora Todavia, cuja capa é da autoria de Pedro Inoue. Em Portugal, o livro encontra-se editado pela Caminho.

Também o ex-presidente brasileiro Lula da Silva concorre ao prémio com a obra “A verdade vencerá”, na categoria “Inovação – Livro Brasileiro Publicado no Exterior”.

A sua nomeação como finalista do prémio foi conhecida no mesmo dia em que recebeu o título honorário de cidadão de Paris.

Na mesma categoria aparece também nomeado o escritor Julián Fuks, com “Resistência”, livro com que já ganhou este mesmo prémio em 2016, na categoria Romance, e o prémio José Saramago, em 2017. Em Portugal está publicado pela Companhia das Letras.

Entre os livros de contos selecionados, está “O sol na cabeça”, de Geovani Martins, jovem autor brasileiro nascido e criado numa favela, que foi descoberto num festival literário e se tornou a grande sensação da nova literatura brasileira.

Publicado em Portugal desde julho pela Companhia das Letras, este livro junta histórias que compõem a textura da vida diária nas favelas. O autor vai estar este mês em Portugal, para participar no Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, que decorre entre 10 e 20 de outubro.

A escritora, ilustradora e jornalista Elvira Vigna, considerada uma das principais vozes da literatura brasileira contemporânea, mas que em Portugal tem apenas editado pela Quetzal “Nada a dizer”, concorre também na categoria de contos com “Kafkianas”.

Esta é a segunda vez que a autora, vencedora do prémio Jabuti de literatura infantil com “Lã de umbigo” em 1981, é finalista deste prémio após a sua morte, em julho de 2017, tendo nesse mesmo ano sido nomeada com o romance “Como se estivéssemos em Palimpsesto de Putas”.

“Alguns humanos”, primeiro livro de Gustavo Pacheco, que está editado em Portugal pela Tinta-da-China, é outro dos finalistas nesta categoria, com um conjunto de 11 histórias que se cruzam numa geografia que vai do Bornéu ao Bronx, de Moçambique a Salvador da Bahia, da Alemanha à Cidade do México, e de Pequim a Buenos Aires.

Na categoria de Crónica destacam-se o jornalista, biografo e escritor Ruy Castro, com “A arte de bem querer”, livro que reúne mais de uma centena de crónicas escritas entre 2008 e 2017, sobre temas tão diversos como a profissão, os amigos, os ídolos, a sua cidade, a música, ou a vida.

Em Portugal tem várias obras publicadas pela Tinta-da-China, designadamente a história da Bossa Nova e uma biografia de Nelson Rodrigues.

Com este, concorre também o livro de crónicas “Pós-F: para além do masculino e do feminino”, de Fernanda Young, argumentista, escritora, apresentadora e atriz brasileira, autora da série “Os Normais” e comentadora do programa “Saia Justa”, que morreu em agosto passado, aos 49 anos.

Outro livro de estreia a figurar entre os finalistas ao prémio é “O pai da menina morta”, primeiro romance do brasileiro Tiago Ferro, editado em Portugal pela Tinta-da-China e descrito como um livro “meteorito”, escrito a partir da experiência da morte da filha de oito anos do autor.

O romance – que concorre nessa categoria – é o caleidoscópio de um luto, construído a partir da tristeza, da raiva e da reconfiguração do mundo que necessariamente acontece após uma perda indizível.

O vencedor será conhecido em novembro, mas antes, a 31 de outubro, serão conhecidos os cinco finalistas de cada uma das categorias.

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