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Livro de Rui Moreira sobre a ‘caixa negra’ da TAP reabre a guerra

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Com 250 páginas, ‘TAP – Caixa Negra’ reabre a guerra entre a transportadora aérea e o presidente da Câmara do Porto. Rui Moreira revela “os bastidores do diferendo”, critica “o centralismo” em Portugal e denuncia a intenção da TAP em “destruir o aeroporto Francisco Sá Carneiro”.

Aperte o cinto de segurança: a atividade da TAP no Porto e na região norte continua sob forte turbulência.

A acalmia dos últimos dias foi agora explicada por Nuno Santos, adjunto do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira: este último esteve a preparar um livro sobre “os bastidores do diferendo” que mantém com a transportadora aérea luso-brasileira.

‘TAP – Caixa Negra’ é um livro que aborda, em 250 páginas, “pormenores desconhecidos” da população quanto à “polémica estratégia de abandono do aeroporto do Porto” seguida pela empresa, no entender de Rui Moreira.

Em declarações à Lusa, Nuno Santos, adjunto do autarca e co-autor da publicação, adiantou que a obra explica os motivos que levaram o autarca a mover uma “guerra séria em defesa do aeroporto do Porto, da cidade e da região norte”.

Ao longo de 250 páginas são também revelados “pormenores desconhecidos acerca da vinda da Ryanair para Portugal, de jantares secretos e cartas a vários primeiros-ministros”, acrescentou Nuno Santos.

Esta ‘caixa negra’ da TAP, distribuída por dez capítulos, recua até ao tempo em que Rui Moreira presidia à Associação Comercial do Porto e travou uma luta “para evitar a construção do aeroporto na Ota e em Alcochete”.

Este regresso ao passado é essencial “para que se percebam todos os contornos da privatização da ANA, empresa gestora dos aeroportos em Portugal”, justificou o adjunto do autarca portuense.

Entre críticas ao “centralismo crescente em Portugal”, Rui Moreira insistiu que a TAP mantém uma estratégia para “destruir o aeroporto Francisco Sá Carneiro”, enquanto Lisboa se prepara para avançar com “um novo aeroporto e uma nova ponte”.

O livro apresenta ainda “números e outros dados acerca da actividade da TAP, das suas participadas, dos negócios no Brasil, da compra e desaparecimento da Portugália e da contratação da White Airways para operar a anunciada ponte aérea entre o Porto e Lisboa, com aviões da brasileira Azul”.

Um exemplo desses dados é a “ocupação média de 90%” nas quatro rotas europeias que a TAP suspendeu por darem um prejuízo de 8,02 milhões de euros, não obstante transportarem, segundo os números apresentados pelo livro, “perto de 190 mil passageiros, em 1867 voos de ida e volta”.

‘TAP – Caixa Negra’, editado pela Almedina e prefaciado por Luís Valente de Oliveira (ex-ministro em cinco governos), vai ser apresentado às 19h00 do dia 22, num local ainda por anunciar.

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