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Lisboa perde freguesias, mas orçamento para as juntas mais do que duplica

camara lisboaA capital perde cerca de metade das freguesias, no âmbito da reforma administrativa de Lisboa, mas mais do que duplica o orçamento, indica o Público. Números avançados sobre a transferência de verbas para as freguesias de Lisboa passam de 23 milhões para 68 milhões de euros. Também os postos de trabalho estão salvaguardados.

O orçamento previsto para as novas freguesias de Lisboa vai aumentar significativamente, de 23 para 68 milhões de euros, em virtude do processo de descentralização, com a Câmara a entregar nas freguesias novas competências.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, diz que essa descentralização “é muito significativa” e que o município reconhece que as megafreguesias terão uma proximidade muito maior com a população, sendo que, por isso, serão mais capazes de responder aos anseios dos cidadãos.

E esta reforma administrativa pretende retirar competências da Câmara e transferi-las para as novas freguesias. Assim, garante o socialista, a gestão de recursos será mais eficaz e as despesas de funcionamento das autarquias também.

A reforma administrativa aplicada em Lisboa prevê uma redução de 53 para 24 freguesias, mas o orçamento para as freguesias mais do que duplica. As Juntas de Freguesia vão ter novas competências nas áreas da manutenção de espaços públicos, na limpeza de vias e na preservação da urbanidade.

O presidente da Câmara de Lisboa assegura que este aumento de verba não representa uma maior despesa, uma vez que o reforço do financiamento das freguesias não vai passar pelos serviços municipais. Também os recursos humanos sairão incólumes a esta reforma.

António Costa revelou ainda que o processo resulta da “vontade da cidade”. E a verdade é que o processo de reforma administrativa foi pacífico na capital, com o município de Lisboa a gerar consensos e a avançar com o processo.

No entanto, noutras cidades, a fusão e eliminação de freguesias tem gerado enorme polémica, destacando-se o caso do Porto, que chumbou o projeto discutido em Assembleia Municipal.

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