As famílias que enfrentam dificuldades económicas no concelho de Lisboa terão contas da água mais baixas, nos próximos 18 meses. Um protocolo entre EPAL e 42 Juntas de Freguesia permite isentar estas famílias do pagamento das taxas de saneamento, que oneram as faturas. O Governo deve apresentar em breve medidas idênticas para cortar na despesa dos agregados.
No total, serão cerca de 7000 famílias lisboetas que durante os próximos 18 meses ficarão isentas de pagar aquelas taxas, o que lhes permitirá poupar 75 euros na conta da água – um pouco mais de quatro euros por mês, enquanto vigorar esta isenção.
Trata-se de um protocolo rubricado entre a Empresa Pública de Águas Livres (EPAL) e 42 Juntas de Freguesia do concelho de Lisboa, no âmbito de uma iniciativa de apoio social. A medida é temporária e pretende ajudar as famílias carenciadas, enquanto decorrer um período particularmente difícil, em termos económicos.
O acordo que permite esta tarifa social para agregados carenciados foi assinado ontem. A taxa fixa de acesso ao saneamento custa às famílias 8,2 euros em cada dois meses, valor que é debitado na fatura da água.
“Através deste protocolo, as Juntas de Freguesia selecionam os agregados familiares com mais dificuldades, que necessitam de apoio financeiro, e a EPAL identifica as famílias pelo contador. Depois, isenta-as da tarifa fixa”, explica o presidente da EPAL, João Sardinha, em declarações à agência Lusa.
A EPAL estuda, entretanto, outros apoios a mais famílias. Não passará por isenções completas, mas por descontos que permitirão ver as contas de água atenuadas. O Governo deve apresentar em breve essas medidas de cariz social.
