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Liga Europa: Benfica percorre a mesma estrada e chega ao mesmo destino

A derrota do Benfica diante do Sevilha, na Liga Europa, em Turim, foi o ponto de chegada de uma caminhada feliz que terminou no mesmo destino de há uma época. Em dois anos consecutivos, o Benfica de Jorge Jesus perde igual número de finais europeias. E ontem, diante do Sevilha, teve tudo para inverter a história. O resultado final, após o 0-0 persistente, foi um 4-2 que os espanhóis mereceram, porque souberam sofrer, tal como os encarnados haviam sofrido diante da Juventus.

Jorge Jesus utilizara uma metáfora, na antevisão da série de finais que o Benfica se preparava para disputar. E realçou que os encarnados percorreram “a mesma estrada” de há uma época. Pois bem. Ontem, diante do Sevilha, em Turim, o Benfica chegou ao mesmo destino, ao cruel destino da derrota.

Os encarnados caíram aos pés de Beto, que com mãos de ferro impediu, primeiro, que o Sevilha sofresse golos. E nas grandes penalidades mostrou a Cardozo e a Rodrigo que quem teme os guarda-redes na hora de remate está destinado ao insucesso.

No jogo de ontem, o Sevilha mostrou respeito pelo Benfica. E assim se justifica a decisão de Unai Emery, técnico do clube espanhol, em fazer recuar a equipa, perto do final do encontro, não apenas para explorar o contra-ataque, mas por receio de sofrer um golo que por inúmeras vezes esteve perto de acontecer.

Ainda antes das grandes penalidades, Beto e Oblak enfrentaram um duelo injusto para o português. Sempre com mais trabalho, Beto manifestou segurança. Ainda que menos chamado ao jogo, Oblak foi um dos melhores elementos do Benfica – com Maxi, Garay e Luisão também em destaque pela positiva.

Maxi chegou a jogar como avançado, é certo, e foi nessa altura que se destacou. Mas não deixa de ser curioso que os melhores jogadores do Benfica tenham sido defesas Este facto explica outro: a incapacidade dos avançados em concretizar a mão cheia de grandes oportunidades de golo. Lima e Rodrigo não tiveram uma noite feliz.

Do outro lado, Rakitic foi o maestro de uma orquestra bem afinada. O Sevilha assumiu em campo o respeito pelo Benfica, porém, esteve por cima do jogo, a espaços, sobretudo quando Jorge Jesus insistiu em deixar o magoado Sulejmani em campo.

A primeira parte fica marcada por muitos altos e baixos do Benfica, com um Sevilha perspicaz e com uma realidade que talvez explique o 0-0: os encarnados falharam em demasia, porque tiveram as melhores oportunidades de golo e não as concretizaram.

O segundo tempo trouxe um Benfica melhor, apesar das grandes dificuldades de André Gomes, quando pressionado, num meio-campo que teve saudades de Enzo. O Sevilha respondia com o mesmo artista a fazer passes que desmontavam a muralha encarnada, mas que esbarravam no fator ineficácia.

O jogo arrastou-se até um prolongamento penoso, onde o golo do Benfica foi sempre muito mais provável do que o tento sevilhano. Mas Beto e a falta de inspiração dos atacantes da Luz transportaram a decisão para as grandes penalidades.

O Benfica chega ao beco sem saída, na sua estrada. O Sevilha treinou as grandes penalidades e apostou forte na decisão dos nove metros. Só assim se explica que Oblak tenha estado tão bem entre os postes, mas não tenha conseguido travar um único remate.

Sim, o guarda-redes do Benfica adivinhou, tal como Beto, as intenções de quem rematava. Só que os jogadores do Sevilha têm noção de uma realidade: o avançado tem toda a vantagem e, se teme o guarda-redes, está destinado a falhar.

Foi o que aconteceu com Cardozo e Rodrigo. Curiosamente, o Benfica, que se queixou durante o jogo de três grandes penalidades – justiça seja feita, o árbitro prejudicou a equipa portuguesa –, caiu nas grandes penalidades. E assim só resta uma linha. O Sevilha mereceu repetir o percurso na UEFA, na mesma estrada, com o mesmo destino: a vitória.

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