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Líder do PCP defende aumento do salário mínimo para os 850 euros

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje o aumento do salário mínimo para os 850 euros, argumentando que quando os trabalhadores ganham mais, a economia é que beneficia.

Esta posição foi assumida pelo líder comunista em Lisboa, no desfile promovido pela CGTP que assinala o Dia do Trabalhador, momentos antes de o secretário-geral da central sindical, Arménio Carlos, ter defendido o mesmo no discurso que encerrou a manifestação.

Aos jornalistas, Jerónimo de Sousa justificou a sua presença na Avenida Almirante Reis como sendo uma “posição solidária, naturalmente, com a luta dos trabalhadores, mas particularmente em torno desta grande reivindicação da CGTP – Intersindical Nacional da necessidade do aumento geral dos salários, designadamente do salário mínimo nacional para 850 euros, a necessidade de repor aquilo que é devido aos trabalhadores de diversos setores, e procurar corresponder aquela avaliação que fizemos nesta nova fase da vida política nacional”.

Na opinião do comunista, “quando houve aumento dos salários e o seu descongelamento, quem beneficiou foi a economia, foi o emprego, foram os pequenos e médios empresários que viram assim também, com o aumento do mercado interno, possibilidades reais de terem trabalho e de poderem criar também mais emprego”.

“Isto, do nosso ponto de vista, é o grande objetivo. Portugal não pode continuar a viver com os trabalhadores empobrecidos, com salários tão baixos, ainda por cima com tanto vínculo precário”, considerou o líder comunista, acrescentando que é este “o objetivo central, primeiro, principal, da necessidade de aumentar todos os salários e, particularmente, o salário mínimo nacional”.

Na ocasião, o líder do PCP foi também questionado sobre as palavras do ministro das Finanças, que esteve na terça-feira na Assembleia da República para explicar os números certos do custo da contagem do tempo de serviço congelado aos professores.

Mário Centeno disse que contar todo o tempo de serviço dos professores representaria “o maior aumento de despesa desta legislatura”, e iria abrir “uma caixa de Pandora” sobre a recuperação do passado nas carreiras.

Na ótica de Jerónimo de Sousa, “o senhor ministro partiu de uma premissa errada”, alegando nunca ter ouvido nenhum professor pedir “tudo e para já”.

“O que querem, naturalmente, é a reposição daquilo que lhes é devido num processo de faseamento”, apontou, defendendo que “vir agitar com centenas de milhões de euros como se fosse para hoje, é de facto uma mistificação”.

Assim, o secretário-geral do PCP vincou que, “aquilo que é preciso, é o Governo mostrar disponibilidade para conseguir negociar”.

“É preciso fundamentalmente essa reposição, que é devida e que ninguém nega, um processo negociado, com uma grande disponibilidade, mas não se crie essa mistificação de que esses setores, designadamente os professores, querem tudo de uma vez só”, sublinhou.

Lusa

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