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Líder da Renamo diz que acordo marca fim da “lógica da violência”

O líder da Renamo, Ossufo Momade, assegurou hoje que o acordo de cessação das hostilidades, que assinou com o Presidente moçambicano, marca o fim da “lógica da violência”, defendendo eleições livres, justas e transparentes para a duração do entendimento.

“Queremos garantir ao nosso povo e ao mundo que enterramos a lógica da violência como forma de resolução das nossas diferenças”, declarou o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), falando após assinar com Filipe Nyusi o acordo de cessação definitiva das hostilidades militares.

Ossufo Momade frisou que o seu partido se compromete a garantir a manutenção da paz e a reconciliação nacional, como alicerces para o desenvolvimento económico e social.

“Queremos enterrar a cultura da violência e da falta de aceitação do outro, a negação das liberdades e dos direitos fundamentas dos moçambicanos”, frisou Ossufo Momade.

A Renamo, prosseguiu, está empenhada em assegurar o sucesso do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do seu braço armado, mas espera que o Governo crie as condições adequadas para o futuro da vida dos seus guerrilheiros, dentro do espírito do acordo hoje assinado.

A violência armada que culminou com o acordo de hoje, prosseguiu Ossufo Momade, foi desencadeada pela falta de eleições livres, justas e transparentes em Moçambique, pelo que as eleições gerais de 15 de outubro devem decorrer dentro de princípios democráticos, para que o país não resvale novamente para a instabilidade.

“O passado muito recente nos ensinou que a ausência da boa-fé fragiliza os compromissos e é nesse sentido que exortamos para o cumprimento dos princípios plasmados no acordo, porque só assim garantiremos a estabilidade e harmonia”, destacou o líder da Renamo.

O Governo moçambicano e a Renamo já assinaram em 1992 um Acordo Geral de Paz, que pôs termo a 16 anos de guerra civil, mas que foi violado entre 2013 e 2014 por confrontos armados entre as duas partes, devido a diferendos relacionados com as eleições gerais.

Em 2014, as duas partes assinaram um outro acordo de cessação das hostilidades militares, que também voltou a ser violado até à declaração de tréguas por tempo indeterminado em 2016, mas sem um acordo formal.

Lusa

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