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Líder da oposição são-tomense espera processo “livre e credível” nas eleições deste domingo

O candidato a primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe Jorge Bom Jesus (MLSTP-PSD, líder da oposição) disse hoje esperar que as eleições de hoje sejam “livres, transparentes e credíveis” e afirmou-se “altamente confiante nos resultados”.

“A campanha decorreu num clima de muito civismo e maturidade política do nosso povo. Mais uma vez, estamos a dar uma lição de democracia, que já tem 28 anos de rodagem e espero que hoje as coisas decorram com a maior lisura possível e que estas eleições sejam de facto livres, transparentes e credíveis”, afirmou Jorge Bom Jesus, presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), momentos depois de votar para as eleições legislativas e autárquicas, cerca das 09:20 (mesma hora em Lisboa), na escola 1.º de Junho, nos arredores da capital são-tomense.

O candidato afirmou-se “altamente confiante nos resultados”.

“Nós sentimos, nós pressentimos que esta população, amordaçada há quatro anos, está cansada e quer virar de página o mais rapidamente possível”, disse.

“Acredito que hoje, nas primeiras horas, teremos a confirmação daquilo que são as expectativas desta votação e que a partir do dia 08 vejamos o país numa outra perspetiva, e aí teremos desde logo de começar a arregaçar as mangas, com todos, sem exceção nenhuma”, comentou.

Bom Jesus repudiou uma expressão do líder da Ação Democrática Independente (ADI) e primeiro-ministro cessante, Patrice Trovoada, no encerramento da campanha, quando disse: “Ouvimos Jorge Bom Jesus dizer que vai baixar imposto, propina, medicamentos, transporte escolar. Ainda bem que não disse que vai baixar as calças, também, mas tudo vai baixar”.

“A campanha baixou um bocado de nível, a ponto de se ter feito alusão às calças, o que denota alguma desorientação, alguma perdição”, considerou hoje o líder do MLSTP, antes de se afirmar como “praticamente blindado às provocações, sobretudo aquelas que vêm de baixo”, acrescentando: “Não me atingem de forma nenhuma”.

Bom Jesus apelou ao voto, pedindo que “ninguém fique em casa, porque o momento é muito sério e delicado”.

Ao longo do dia, Bom Jesus deverá “circular um bocado para sentir o pulsar do dia”, disse.

“Eu fiz uma campanha com caminhadas, andei, não tenho medo desta população, da qual faço parte integrante, não tenho tropas atrás, não tenho carros blindados”, afirmou.

O candidato começou o dia com uma missa na igreja de Nossa Senhora de Lurdes, de que é devoto, presidida pelo bispo Manuel António.

“Estou abençoado, comecei o dia com o pé direito”, comentou à Lusa.

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