Líbano quer censurar Mulher Maravilha porque a protagonista nasceu em Israel (com trailer)
O filme Mulher Maravilha pode não chegar a estrear no Líbano. O ministro da Economia vai apresentar um decreto para banir o título que devia estrear amanhã. O motivo? A protagonista, Gal Gadot, é natural de um país com quem o Líbano está em guerra há vários anos: Israel.
A decisão ainda não é oficial, mas foi adiantada por uma fonte do Governo libanês à Associated Press.
Para além de estar (formalmente) em guerra com Israel, o Líbano mantém uma lei, em vigor há muitas décadas, que proíbe a importação de produtos israelitas, tal como proíbe os cidadãos libaneses de contactarem com israelitas ou de visitarem esse país.
Com Beirute ‘decorada’ com vários anúncios ao filme, Mulher Maravilha pode nem chegar a estrear. O decreto do ministro já terá dado entrada na comissão interministerial à qual compete, do ponto de vista formal, recomendar o boicote.
A protagonista é odiada no Líbano desde que, em 2014, elogiou publicamente os militares israelitas. “Estão a arriscar a vida para proteger o meu país dos atos de horror perpetrados pelo Hamas”, afirmou então Gal Gadot.
Nada é oficial, mas o mais famoso grupo de boicote libanês, cujo único alvo é Israel, tem publicado várias mensagens a elogiar a decisão – não oficial ainda, recorde-se – do ministro da Economia.
A estreia de Mulher Maravilha em vários países do Médio Oriente, como EAU e Kuwait, coincide com o período muçulmano do ramadão.
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