Fórmula 1

Lewis Hamilton foi contra a vontade da equipa em Silverstone

Lewis Hamilton pode ter ganho domingo o Grande Prémio da Grã-Bretanha de Fórmula 1, mas confessou que para o fazer contrariou a vontade da Mercedes.

É que os pneus do W10 # 44 já tinham bolhas e o Campeão do Mundo resolveu não aceder ao pedido da equipa de ir uma segunda vez às boxes, vindo a garantir a sua sexta vitória em Silverstone, a sétima da época, a 80ª da sua carreira e aumentar para 39 pontos a vantagem sobre Valtteri Bottas no campeonato.

Chave no triunfo de Hamilton foi a situação de ‘safety car’ após o acidente de Antonio Giovinazzi, que lhe permitiu fazer o ‘pit-stop’ nessa situação e regressar à pista à frente do seu companheiro de equipa, que antes disso resistira estoicamente na liderança da corrida.

“Esperei pelas paragens nas boxes para o ultrapassar. Prolonguei o meu primeiro turno em algumas voltas suplementares, e depois chegou o ‘safety car’ e foi o momento ideal para mim”, admite o britânico.

Hamilton recorda depois o que se passou na fase final, quando Bottas parou uma segunda vez para montar pneus macios no seu Mercedes. Algo que ele próprio se recusou fazer.

“Para quê correr o risco? Sim, tinha uma ‘janela’ de paragem nas boxes, mas há o tempo que se perde na via das boxes, a paragem, a pressão suplementar exercida sobre os mecânicos para que eles não cometam erros na paragem”, justifica o titular do Mercedes # 44.

Lewis Hamilton refere também: “Não é que duvide da possibilidade que me foi oferecida, mas tinha poupado os pneus. Sentia-me com eles…O pneu duro é genial, podia continuar. Por isso era um pneu muito sólido. Por isso questionei-me; porque é que tenho de parar? Acho que o mesmo deve ter questionado Valtteri. Só faltavam sete voltas e é muito para anular uma diferença de 21 segundos considerando o ritmo que eu tinha”.

“É por tudo isto que decidi, o que é raro, de ir contra a vontade da equipa. Mas o que decidi acabou por ser a melhor coisa que podia fazer”, acrescenta o líder do Campeonato do Mundo, que é agora o piloto britânico mais bem sucedido na prova britânica, à frente de Jim Clark e de Alain Prost.

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