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Lewinsky: “Fui um bode expiatório para proteger posição de poder de Clinton”

clinton lewinskyclinton lewinskyDez anos depois, Monica Lewinsky quebra um longo silêncio e volta a falar, na revista Vanity Fair, sobre o romance com Bill Clinton, quando era estagiária na Casa Branca. Lewinsky diz-se alvo de “uma humilhação mundial” e revela ainda que “é chegada a hora de queimar a boina e enterrar o vestido azul”, numa alusão às fotografias que correram mundo, quando o escândalo foi conhecido.

Monica Lewinsky, estagiária da Casa Branca que em 1997 manteve um caso amoroso com o então Presidente dos EUA, Bill Clinton, quebra uma década de silêncio, para, segundo a própria assume, explicar a sua verdade.

A antiga estagiária, que hoje conta 40 anos, escreveu na Vanity Fair um artigo onde aborda o romance, tornado público numa altura em que Clinton ocupava o mais alto cargo dos Estados Unidos.

“Lamento profundamente o que aconteceu entre o presidente Clinton e eu”, escreve Monica Lewinsky, acrescentando ainda que “é chegada a hora de queimar a boina e enterrar o vestido azul” – alusão às roupas que vestia nas poucas imagens em que surgiu em público ao lado de Bill Clinton.

Lewinsky quer definitivamente enterrar o passado e quer desmentir algumas mentiras que foram sendo escritas, ao longo dos anos. Uma dessas alegadas mentiras é o boato de que estaria a ser paga pelos Clinton para silenciar o caso. “Nada poderia estar mais longe da verdade”, garante.

“O meu chefe aproveitou-se de mim, mas mantive sempre firmeza neste ponto: foi uma relação consensual e qualquer abuso apenas ocorreu no período posterior, quando me transformaram em bode expiatório para proteger a posição de poder de Clinton”, escreve ainda Monica Lewinski.

Recorde-se que o caso foi tornado público no final da década de 90 e que Bill Clinton mentiu, afirmando, em 1998, que nunca teve qualquer relação sexual com Lewinsky.

A palavra do Presidente dos EUA foi desmentida, com exames laboratoriais ao sémen encontrado no vestido da antiga estagiária. Essas análises provaram a relação sexual entre o líder da Casa Branca e a jovem estagiária.

O artigo agora escrito por Lewinsky na edição de maio da Vanity Fair será o grande destaque da revista. E surge numa altura em que se perfila a candidatura de Hillary Clinton à presidência dos EUA, nas eleições de 2016.

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