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Modelo matemático prevê o comportamento das leucemias

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A matemática pode ajudar os médicos a combater o cancro. Uma equipa de investigadores desenvolveu um modelo matemático que antecipa o comportamento das leucemias. Será possível prever se um doente vai necessitar de quimioterapia, ou se tem tendência a desenvolver doenças autoimunes.

O estudo, realizado por uma equipa liderada por professores da Universidade de Oviedo (Espanha), levou à criação de um modelo de algoritmos matemáticos capaz de prever o comportamento das leucemias linfocíticas crónicas (LLC).

A nova metodologia pode ser útil para os médicos anteciparem os pacientes que irão precisar de quimioterapia ou que vão desenvolver doenças autoimunes.

Num comunicado emitido pela Universidade de Oviedo, Juan Luis Fernández Martínez (professor do departamento de Matemática) e Ana Pilar González-Rodríguez (do Hospital Universitário Central das Astúrias) descrevem a LLC como uma doença com grande variedade clínica.

“Um dos maiores desafios desta patologia é prever a sua evolução para que os pacientes possam beneficiar de um tratamento precoce e mais intenso”, salientou Ana Pilar González-Rodríguez.

Os algoritmos, desenvolvidos com o recurso a um banco de dados com diferentes variáveis clínicas de 265 pacientes do Hospital Cabueñes, em Gijón, conseguem prever a necessidade de usar a quimioterapia com uma precisão de 80 por cento e o desenvolvimento de doenças autoimunes com 90 por cento.

Nesta metodologia foi tida em conta a análise de risco mediante curvas (Receiver Operating Characteristic), que alcança um equilíbrio entre falsos positivos e falsos negativos.

“Os dados em que se baseiam as previsões são simples, baratos e acessível a qualquer hospital”, destacou Fernández Martínez: “Análises semelhantes poderiam ser feitas com outros dados e outras doenças, como no passado, foi feito com o linfoma de Hodgking”.

O resumo do estudo, publicado agora no Journal of Biomedical Informatics, é o resultado do trabalho conjunto de investigadores do departamento de Matemática e do Centro de Inteligência Artificial da Universidade de Oviedo, do Instituto Universitário Oncológico do Principado Astúrias (IUOPA) e do departamento de hematologia do Hospital Universitário Central das Astúrias.

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