Desporto

Lenços brancos para limpar as lágrimas de Portugal

paulo bentoPortugal foi derrotado pela Albânia (0-1) e iniciou da pior forma a fase de qualificação para o Euro’2016, ontem, no Estádio Municipal de Aveiro. O público despediu-se da equipa com lenços brancos, após uma exibição fraca, perante um adversário que nunca vencera a equipa das quinas.

Depois do desaire no Brasil, a seleção nacional perdeu a hipótese de se redimir. Perante o seu público, diante de um adversário modesto como a Albânia, estavam criadas as condições para que a equipa de Paulo Bento fizesse o essencial (vencer) e pintasse esse sucesso com uma exibição convincente.

Mas a oportunidade perdeu-se e a derrota surpreendente, neste arranque da qualificação para a fase final do Euro’2016, acaba por agravar a realidade das quinas. E a ausência de Cristiano Ronaldo não explica quase nada do que se passou ontem em Aveiro.

Se é certo que CR7 já ‘carregou’, por diversas vezes, a equipa nas suas costas, não deixa de ser um facto que Portugal estava obrigado a somar estes três pontos, porque a Albânia não é a Alemanha e porque a transição tranquila a isso obrigava.

Ficaram evidentes as lacunas da equipa lusa, mesmo perante uma equipa frágil. Ficam por perceber algumas opções do selecionador, sobre quem recai uma grande dose de responsabilidade. E fica por explicar o motivo de tão pouca ambição, sobretudo após o remate certeiro de Balaj, aos 52 minutos.

Portugal mereceu perder, porque não teve arte nem engenho, porque nunca funcionou em coletivo, porque desvalorizou um adversário que, historicamente, não conseguia sequer fazer das fraquezas forças para contrariar o eterno favoritismo luso.

Um belo golo, no único momento de magia na noite triste de Aveiro. A qualificação acaba de arrancar, mas Portugal parece destinado a não largar uma máquina calculadora, que até dado bons resultados, mas graças a uma outra máquina que não dura sempre e que nem sempre está disponível.

Aquele golo de Balaj pode ser o sinal de alerta de que Portugal necessitava. Resta saber se a equipa das quinas é capaz de perceber o sinal e atravessar o cabo das tormentas com o mesmo sucesso que a história nos narra.

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