Há dois dias, um casal norte-americano foi ver os leões com as janelas do carro abertas. Um leão atacou e matou a mulher. Hoje soube-se que a vítima era Katherine Chappell, editora de ‘A Guerra dos Tronos’ e que estava na África do Sul a angariar fundos para o combate à caça ilegal.

Ironia do destino: a mulher que morreu ‘às mãos’ de um leão, durante uma visita a um parque natural privado na África do Sul, era editora de efeitos especiais numa série televisiva que se tornou de culto pela (entre outros motivos) elevada mortandade: ‘A Guerra dos Tronos’.

Ainda anteontem, o PT Jornal noticiava que um casal de turistas norte-americanos estava no The Lion Park, um conhecido parque natural privado perto de Joanesburgo, na África do Sul, a circular com as janelas do carro abertas, ignorando os avisos.

“Um senhor e uma senhora viajavam com as janelas completamente abertas na zona dos leões. Um leão aproximou-se e entrou pela janela do ‘pendura’, mordendo a mulher”, adiantou, no mesmo dia, o gestor de operações do parque, Scott Simpson.

“O homem sofreu ferimentos leves ao tentar defender a mulher”, acrescentou a mesma fonte, à Talk Radio 702, lembrando os vários avisos para os turistas manterem as janelas fechadas.

Passados dois dias, a identidade da vítima mortal foi finalmente revelada. A mulher não tinha cerca de 40 anos, como foi dito inicialmente, mas 29: era Katherine Chappell, revelou hoje o The Telegraph.

A vítima era conhecida por, a nível profissional, ser a editora de efeitos especiais da conhecida série ‘A Guerra dos Tronos’, mas estava na África do Sul com outra missão: angariar fundos para iniciativas de combate à caça ilegal.

Em comunicado, a a Kalabash Tours, empresa que organizou a viagem, negou que a viatura estivesse a circular com as janelas abertas, como acusou Scott Simpson.

Segundo o relato da empresa, foi Katherine Chappell, que estava acompanhada de um guia, quem abriu a janela quando a viatura parou na proximidade do felino.

A leoa (e não o leão, como vinha a ser dito pelo The Lion Park desde segunda-feira) levantou-se e aproximou-se do carro, parando a cerca de um metro. Numa altura em que a mulher estava a tirar fotografias, a fera atacou e chegou mesmo a entrar pela janela.

Pierre Potgieter, o guia, de 66 anos, sofreu graves ferimentos nos braços ao tentar afastar a leoa, tendo ainda sofrido um ataque cardíaco.

A polícia apreendeu a câmera fotográfica de Katherine Chappell e de outros turistas que circulavam no parque no momento do ataque.

O parque manteve-se aberto, embora a circulação pela zona dos leões tenha sido suspensa.