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Lei da opção vegetariana acaba de entrar em vigor e já está a ser contornada

As cantinas e refeitórios de organismos do Estado já são obrigadas a disponibilizar uma opção vegetariana. É o reflexo da Lei n.º 11/2017, que entrou em vigor e já está a ser contornada. Obrigadas a alterar o menu, as empresas concessionárias ‘prometem’ recorrer à soja e ao tofu processados, por serem mais baratos.

Na página de Facebook do PAN, o partido que propôs o projeto vertido na Lei n.º 11/2017, o internauta alertou para os menus baseados em “soja texturizada e tofu” que dão ao obrigatório prato vegetariano uma qualidade inferior às restantes opções.

“Ficou-se a meio caminho, porque não foi tratado a fundo no que diz respeito aos compromissos que as cantinas têm de ter. Quem não come essas coisas [soja e tofu processados], continua de fora e com um menu menos diverso do que os consumidores de carnes. Ou, caso as empresas resolvam ‘fazer a vontade’, a opção vegetariana acaba por ficar com qualidade bastante inferior”, acrescentou.

Outra internauta, Tina Tavares, mostrou-se bem mais crítica do pouco alcance da Lei que hoje entrou em vigor: “Sim, vai ser tudo corrido a soja texturizada, a misturas de legumes sensaboronas e a saladas, tudo bem regado com pesticidas e herbicidas cancerígenos e hormono disruptores, salpicados com sal de mesa e regados a misturas de azeite com óleos! A sério, a iniciativa é boa, sim! Apenas má no timing, má na execução e péssima no orçamento”.

Admitindo que “existem muitas disfunções não só nas cantinas pública, como privadas, mas sobretudo nos hábitos alimentares dos portugueses”, o PAN salientou que “o equilíbrio nutricional tem que ser garantido por entidades estatais e terá que ser supervisionado pelas instituições competentes”.

Por outro lado, embora a lei também defina que a opção tem de ser sem produtos de origem animal, fica difícil para quem está minimamente familiarizado com as rotinas das cantinas e refeitórios acreditar que um prato como “tofu com natas”, disponível nos menus de hoje, tenha sido feito com natas de soja.

O principal receio de quem segue esta alimentação é que a tão desejada “opção vegetariana” não passe de um menu de sopa e salada com os vegetais mais comuns.

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