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Legislatura não devia começar com contas de como o executivo pode ser derrubado

O BE considerou hoje que uma legislatura para quatro anos não devia começar com as contas de “como o Governo pode ser derrubado”, defendendo que o tom de ameaça e desafio é um caminho errado para quem deseja estabilidade.

“Hoje, ao debatermos um programa do Governo do PS, escolhido, decidido e apresentado apenas e só pelo PS, nós percebemos neste debate que, onde antes havia promessas de cooperação com o parlamento, hoje parece existir um tom de desafio, um tom de ameaça. Não é um bom caminho se se deseja mesmo a estabilidade para quatro anos”, lamentou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, na discussão do Programa do Governo que decorre no parlamento.

Na perspetiva do líder parlamentar bloquista, “um projeto para quatro anos não se devia começar com uma vinda ao parlamento mostrando que já se fez as contas como o Governo pode ser derrubado”.

“Deveria era mostrar que estavam disponíveis para fazer as escolhas certas para que essas contas nunca fossem feitas”, defendeu.

O primeiro-ministro, António Costa, tinha apontado hoje que, no novo quadro político que resultou das eleições legislativas, a “direita” toda junta só pode derrotar o PS se somar os seus votos aos do PAN e das bancadas à esquerda dos socialistas.

“Se o Governo quer mesmo aumentar e salários e alargar direitos, se quer mesmo fazer mais e melhor, saiba que precisa do parlamento e no Bloco de Esquerda há uma esquerda que nunca falta a estas escolhas fundamentais”, assegurou.

É sabido, continuou Pedro Filipe Soares, que “cooperação não é submissão”.

“Nós estivemos disponíveis para trabalhar sobre o programa do Governo, mas o PS não quis e tem essa legitimidade, mas mais poder traz mais responsabilidade e nós disso bem o sabemos. Tem é de saber também o PS e o Governo”, avisou.

Elencando os sinónimos de negociar, ou seja, “dialogar, envolver, comprometer”, o líder parlamentar do BE advertiu que “pescar à linha medidas de uns e dos outros pode servir como sinal de abertura, mas não é método para um diálogo e nesse engano ninguém devia cair”.

“Eu sei que havia um sonho de uma maioria absoluta, mas ninguém deve ficar ressentido por não a ter alcançado”, afirmou.

Pedro Filipe Soares propôs assim ao PS que olhe para a direita e veja que “quem se zanga com o país nunca tem sucesso”.

“E por isso, um governo de minoria absoluta não é a resposta quando se falha uma maioria absoluta”, declarou.

Ao longo da última legislatura, os bloquistas, segundo o dirigente do BE, muitas vezes não foram compreendidos e até foram apelidados de “empecilhos dos quais se queriam livrar”.

“Mas a verdade é que se tivéssemos sido escutados hoje o país estaria melhor e é nessas insuficiências que nós identificamos que traçamos o caminho para o futuro”, apontou, considerando que é preciso responder à pergunta se “o fantasma do governo passado continuará a pairar sobre o Governo atual”.

Lusa

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