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Leão Cecil: Dentista norte-americano pede desculpa após retaliações online

Foi descoberto quem matou, decapitou e esfolou Cecil, o leão que era o símbolo do Zimbabué. Um dentista norte-americano, Walter James Palmer, pediu desculpa por assassinar “um exemplar querido” e tentou culpar “os guias profissionais”, mas só depois de ser alvo de críticas no Facebook.

Já ouviu falar de Walter James Palmer? Escusa de o procurar no Facebook, pois já eliminou a conta.

Este norte-americano, dentista de profissão, é um dos homens mais odiados do momento depois de confirmado ter sido ele a matar, decapitar e esfolar Cecil, o leão que simbolizava todo um país, o Zimbabué.

Embora as autoridades suspeitassem inicialmente de um caçador “de nacionalidade espanhola”, uma foto que se tornou viral nas redes sociais comprovou que Walter James Palmer esteve envolvido na caça a Cecil.

Com a ajuda de um amigo, Palmer terá atraído o leão para fora do parque, com a carcaça de um animal morto, onde depois o felino foi atingido por uma flecha.

Cecil escapou com vida, mas por pouco tempo. “Eles demoraram dois dias para encontrá-lo e matá-lo. Levaram a cabeça e destruíram o colar que ele usava, muito caro e com GPS”, como explicou Jonnhy Rodrigues, que preside à Força de Preservação do Zimbabué.

O leão, para além de degolado, foi ainda esfolado, com os suspeitos a levarem a pele.

Graças às fotografias que começaram a circular, Walter James Palmer foi identificado como o autor da morte de Cecil e tornou-se ele próprio num ‘alvo a abater’: recebeu tantas críticas e ameaças que foi obrigado a encerrar a conta no Facebook.

O dentista só não conseguiu fazer o mesmo nos sites de referência, onde os internautas atribuem a nota mínima ao consultório do visado.

Palmer emitiu posteriormente um comunicado, tentado ‘empurrar’ a culpa para os guias: “Não fazia ideia de que o leão que matei, um exemplar querido pelos locais, tinha um colar GPS e estava envolvido num estudo até ao final da caça. Confiei na experiência dos meus guias profissionais locais para me assegurar que a caça era legal”.

Falta agora saber é se o norte-americano podia caçar: afinal, um responsável pela conservação da natureza do Zimbabué, citado pelo El País, garantiu que Palmer teria “um visto de turista”.

No histórico de Palmer existe um caso semelhante. Em 2008, matou um urso e arrastou depois o cadáver para uma zona onde podia legalmente matá-lo (devido ao perigo para humanos). A falcatrua foi descoberta e o caçador foi condenado a um ano de cadeia (embora com pena suspensa) e a uma multa de 3000 dólares.

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