O lazer e as viagens mantêm-se na liderança das intenções de compra dos portugueses. Em 2010, 47 por cento dos portugueses tencionavam consumir viagens e lazer. Em 2011, são apenas 37 por cento. A tendência em Portugal para os próximos meses é de que a parte do orçamento disponível para a aquisição de produtos, bens e serviços diminua na generalidade dos casos.

As intenções de compra dos consumidores portugueses são globalmente idênticas às expressas em edições anteriores do Observador Cetelem. No entanto, os consumidores portugueses são muito mais moderados nas suas intenções de viajar ou de efetuar compras de lazer. As suas intenções inscrevem-se abaixo da média europeia (54 por cento), e os desejos surgem mesmo em claro recuo relativamente às intenções do ano passado (menos 10 pontos).

Embora a rubrica do ‘Lazer e Viagens’ continue a liderar as intenções de compra dos consumidores portugueses, os efeitos da crise continuam a fazer-se sentir. As agências de viagens constatam uma mudança real de comportamento dos consumidores quanto às viagens: reservas tardias, caça aos preços baixos, destinos menos longínquos. Assim, metade das viagens (que incluem voo e hotel) vende-se agora no mês da partida.

As análises e previsões do Observador Cetelem foram efetuadas em dezembro de 2010, em colaboração com o gabinete de estudos e de consultadoria BIPE. As sondagens aos consumidores foram realizadas com base num inquérito barométrico, realizado através da Internet e aplicado, também, por amostras representativas das populações nacionais (maiores de 18 anos) de treze países: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Rússia e Eslováquia. No total foram inquiridos mais de 8.700 europeus, com amostras de pelo menos 500 indivíduos por país.