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Lava Jato: Investigados contratos da Petrobras com Maersk, Tide Maritime e Ferchem

Suspeitas de fraudes em contratos de afretamento de navios celebrados entre Petrobras e as empresas Maersk, Tide Maritime e Ferchem desencadearam hoje uma nova fase da operação Lava Jato no Brasil.

Segundo o comunicado divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF) brasileiro, a polícia cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro, expedidos pelo juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba.

Os investigadores também informaram que o objetivo das buscas realizadas nesta quarta-feira foi aprofundar as investigações relacionadas aos esquemas de corrupção em contratos da Petrobras com o armador Maersk e contratos intermediados envolvendo os operadores Tide Maritime e Ferchem.

As autoridades suspeitam que essas três empresas assinaram mais de 200 contratos de fretamento de navios para a Petrobras obtidos de maneira ilícita entre 2004 e 2015, no valor de mais de 5 mil milhões de reais (cerca de 1,1 mil milhões de euros).

Segundo o Ministério Público, os funcionários da Petrobras forneceram, em troca de suborno, informações privilegiadas aos armadores para facilitar os seus negócios com a empresa estatal.

Esta não é a primeira investigação relacionada com esquemas de corrupção em fretes de navios na petrolífera brasileira.

Em julho passado, o MPF denunciou perante a 13.ª Vara Criminal de Curitiba contratos alegadamente celebrados de forma ilícita pela Petrobras com os armadores gregos Athenian Sea Carriers, Tsakos Energy Navigation, Dorian (Hellas) e Aegean Shipping Management.

Lançada em 2014, a operação Lava Jato trouxe a público um gigantesco esquema de corrupção de empresas públicas brasileiras, notadamente a Petrobras, que implicaram altos responsáveis políticos e económicos e levaram muitos deles à prisão, como o antigo Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, entretanto libertado no mês passado.

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