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Lagarde já pediu à Alemanha e à Holanda para investirem mais

Christine Lagarde assume hoje a liderança do Banco Central Europeu (BCE), mas antes de iniciar o mandato de oito anos já tinha pedido à Alemanha e a outros países como a Holanda para investirem mais para apoiar o crescimento económico.

Poucos dias antes de iniciar o mandato, de oito anos, à frente do BCE, em Frankfurt, Lagarde afirmou numa entrevista com a emissora de rádio francesa RTL, citada pela Efe, que a Alemanha e outros países como a Holanda com excedentes orçamentais “não fizeram os esforços necessários” para impulsionar os seus fracos crescimentos económicos.

Lagarde, a primeira mulher a assumir a presidência do BCE, depois de ter sido também a primeira mulher na liderança do FMI, chega numa altura em que a economia da zona euro está a enfraquecer, em que o seu motor, a Alemanha, poderia entrar em recessão técnica e depois estagnar, e em que se mantém a incerteza em relação ao Brexit e à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que já provocou danos no crescimento mundial.

A presidente do BCE também referiu, recentemente, numa entrevista à revista alemã Der Spiegel que quer conhecer as vozes contrárias à política de baixa taxas de juro e, inclusivamente, aprender alemão, e anunciou que vai rever profundamente todas as medidas que o BCE aprovou recentemente.

“Analisaremos objetivamente os benefícios e os riscos das diferentes opções. Mario Draghi tinha o seu estilo, eu terei o meu”, afirmou Lagarde à revista semanal alemã

Durante a presidência de Draghi as disputas no seio do BCE recrudesceram, segundo se fez público nos últimos meses, e Lagarde assegurou que tenciona ultrapassar a profunda divisão que há entre os banqueiros centrais.

A cerimónia de despedida de Draghi deixou claro que a criação de 11 milhões de empregos depois da crise da dívida soberana na zona euro é muito mais importante que alcançar a estabilidade de preços com um objetivo de inflação definido como uma taxa próxima de 2 por cento.

Lagarde, que foi ministra das Finanças de França, também continua com o apelo que também Draghi já tinha feito, aos líderes políticos, para que a zona euro tenha capacidade de gasto suficiente, através da dotação de recursos orçamentais ou se um sistema de seguro – para fazer frente a uma situação de desaceleração económica.

A ex-secretária-geral do FMI lamenta que não exista um orçamento comum na zona euro, apesar de se estarem a dar os primeiros passos para o criar.

Antes de Mario Draghi, o BCE teve como presidentes o francês Jean-Claude Trichet e o holandês Wim Duisenberg, que foi o primeiro presidente da instituição.

Lusa

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