Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo e Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), colocaram Portugal no patamar da Irlanda e consideram que o programa de ajustamento português é um caso de sucesso”. Em Nicósia, a líder do FMI revelou-se “impressionada” e o Eurogrupo sustentou que “os programas de ajustamento funcionam”, sendo que Portugal e Irlanda provam-no.
O que em Portugal gera contestação é, para Christine Lagarde e Jean-Claude Juncker, um caso de sucesso e de exemplo para economias débeis. Segundo o presidente do Eurogrupo e a diretora do FMI o programa de ajustamento aplicado em solo luso é um sucesso e deve ser olhado com exemplo para países em crise.
Lagarde e Juncker colocam Portugal no mesmo patamar da Irlanda e defendem que estes dois países devem ser olhados como exemplos numa Zona Euro em crise, já que conseguiram ter sucesso na implementação dos programas de ajustamento financeiro.
Numa conferência de imprensa que decorreu hoje em Nicósia, no Chipre, após uma reunião do Eurogrupo, entre ministros das Finanças da União Europeia, Jean-Claude Juncker afirmou que “Irlanda e Portugal são a prova de que os programas de ajustamento funcionam, quando se verifica um compromisso genuíno para aplicar reformas nos países”.
Já Christine Lagarde salienta que aqueles dois países representam “histórias de sucesso para reportar”, num momento em que as economias necessitaram de uma intervenção reformista. “Há um clima adverso, mas uma boa implementação dos programas”, defendeu a diretora do FMI.
Apesar destes elogios, os portugueses estão descontentes, precisamente com as medidas deste programa de ajustamento de Portugal. Os cortes nos rendimentos estão na origem de um movimento de indignação, que sai para as ruas nos próximos dias.
