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Kiev diz serem falsos dados russos que culpam país por queda de avião malaio

Kiev classificou hoje de falsos os dados apresentados horas antes pelo Ministério da Defesa russo que apontam a Ucrânia como responsável pela queda do avião da Malaysia Airlines, voo MH17, em julho de 2014.

“É outra mentira e falsidade da Rússia que mostra que não desistiu dos seus planos de minar o prestígio da Ucrânia e a situação em geral”, declarou o ministro da Defesa, Stepan Poltorak, numa conferência de imprensa com o seu homólogo britânico, Gavin Williamson.

O ministro britânico indicou que foi realizada uma investigação independente ao desastre, no qual morreram os 298 ocupantes do avião, que mostrou quem é o responsável pela queda, considerando a informação apresentada hoje pela Rússia como “outro exemplo de desinformação”.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, o general Igor Konashenkov, disse hoje que a Rússia tem provas de que a Ucrânia foi a responsável pela queda do avião numa região controlada pelos separatistas pró-russos.

“Temos gravações das conversas telefónicas de militares ucranianos feitas em 2016 e a sua análise corrobora as conclusões sobre a implicação direta da parte ucraniana na queda do Boeing malaio”, declarou à imprensa, adiantando que Kiev é igualmente responsável pela “manipulação da investigação internacional”.

A Equipa Conjunta de Investigação formada após o desastre indicou que o sistema de mísseis antiaéreos que derrubou o avião malaio pertencia a uma unidade militar russa, que o deslocou de Kursk (Rússia) para Donetsk (Ucrânia) um mês antes do ataque.

A 17 de julho de 2014, 298 passageiros e tripulantes de um voo da Malaysia Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur, morreram depois do avião em que viajavam ter sido atingido por um míssil terra-ar disparado da zona leste da Ucrânia controlada por separatistas pró-russos.

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