Chamam-se Katie e Reese, têm 25 anos e protagonizaram uma história que tinha tudo para terminar com um ‘e viveram felizes para sempre’. Mas as redes sociais mediatizaram a procura de um amor perdido, transformando-o numa terrível perseguição.

Quando a procura pelo amor perdido se transforma em obsessão, o resultado pode bem ser a história de Katie e Reese, que tinha todos os ingredientes do mais apaixonante filme de Hollywood, mas transformou-se numa película de terror, sem fim à vista.

Reese, um neozelandês de 25 anos de idade, conheceu Katie abandonada, perdida das amigas, a 31 de dezembro de 2012. A jovem norte-americana chorava, sozinha, numa berma de estrada de Hong Kong, na China.

Entraram no novo ano juntos e dessa celebração nasceu a paixão, em Reese, aparentemente não correspondida. No dia seguinte, a 1 de janeiro, Katie reencontrou as amigas e deixou uma única mensagem: “Encontra-me”.

O neozelandês tinha apenas dois dados: o nome da apaixonada e uma fotografia. Com estas informações, deu início à procura da mulher da sua vida.

Criou uma página do Facebook, contando a história e pedindo ajuda aos milhares de seguidores, para que lhe fornecessem informações que o fizessem chegar a Katie.

Mais apaixonada do que Reese ficou a comunidade do Facebook, que se juntou a esta busca por um amor perdido no início do ano.

E Katie acabou por ser encontrada em Washington, nos EUA, num caso que a deixou exposta a todo o mundo. O recato de uma paixão perdeu-se com a dimensão de uma busca inusitada.

A jovem ficou agastada com o mar de mensagens que recebeu e decidiu eliminar todas as suas contas nas redes sociais, para conseguir paz de espírito que perdera.

Conta Reese que “todas as Katies de Washington” passaram a ser alvo dos cibernautas, que quiseram ajudar dois corações despedaçados no reencontro. A história chegou à imprensa e o mediatismo só piorou o drama da jovem.

E quase um ano depois, Reese encontra o amor perdido. E depois do “encontra-me”, Katie disse-lhe outra palavra: deixa-me em paz. “Nunca imaginei que isto se tornasse numa perseguição. Agora, resta-me deixar que a poeira assente”, diz Reese ao New Zealand Herald.