Nas Notícias

Justiça: Paula Teixeira da Cruz revela “fragilidade e falta de seriedade”, diz Alberto Martins

alberto_martinsMinistra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, levanta suspeita de gestão danosa por parte dos seus antecessores, o que suscita reação de Alberto Martins, que ocupou o cargo. O agora deputado do PS acusa Teixeira da Cruz de “falta de seriedade” e salienta que, com “demagogia”, a titular da pasta da Justiça “está a esconder-se atrás das suas fragilidades”. Em causa, um buraco financeiro de 460 milhões encontrado no ministério.

Paula Teixeira da Cruz teme que os seus antecessores sejam culpados de gestão danosa e solicitou ao Procurador-Geral da República uma investigação, após suspeitas de práticas ilícitas por parte dos anteriores ministros da Justiça. A reação de Alberto Martins não se fez esperar.

O anterior titular da pasta considera que Paula Teixeira da Cruz “não está a ser séria” e, com este comportamento, “esconde-se atrás da demagogia” para, dessa forma, “justificar as suas próprias fragilidades”.

O agora deputado do Partido Socialista, que foi ministro da Justiça na anterior Legislatura, falava aos jornalistas depois de ser confrontado com as declarações da sua sucessora.

Alberto Martins não teme quaisquer investigações e apresenta-se de consciência tranquila. “A ministra Paula Teixeira da Cruz que mande investigar o que quiser. Mas tem de ser séria”, sublinhou o ex-ministro titular da pasta da Justiça.

O socialista lamentou estas declarações de Teixeira da Cruz e lembra que nunca teceu qualquer comentário ao desempenho da sua sucessora, esperando comportamento idêntico por parte da atual ministra. No entanto, Alberto Martins não pede mais do que “exigência de seriedade”, a partir de agora.

O deputado aproveitou o incidente para tecer críticas à ministra social-democrata, acusada de “se esconder atrás de fragilidades”. Paula Teixeira da Cruz não deveria levantar dúvidas sobre eventual gestão danosa, uma vez que dispõe de meios para investigar.

“Quem duvida sobre algo de natureza criminal, não pode fazer declarações inconsistentes e inconclusivas. Tem órgãos capazes de retirar todas as dúvidas e não tem o direito de se pronunciar”, afirmou Alberto Martins.

A base desta alegada gestão danosa de que a ministra suspeita diz respeito a 44 milhões de euros de rendas mensais que o Ministério da Justiça paga, que muito contribuíram para o buraco financeiro de 460 milhões. Algumas Parcerias Público-Privadas foram estabelecidas sobre a forma de arrendamentos, segundo Teixeira da Cruz.

São negócios que prejudicam o Estado e que suscitaram uma intervenção do Ministério, que encaminhou para a Procuradoria os casos que levantam dúvidas sobre a sua licitude.

Recorde-se que a Associação Sindical dos Juízes Portugueses apresentara suspeitas de gestão danosa, durante o mandato de Alberto Martins. Nesse sentido, esta associação concorda com a decisão de Paula Teixeira da Cruz, de pedir ao Procurador-Geral da República uma investigação.

Em destaque

Subir