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Justiça contraria decisão da mãe e permite a menino de sete anos ser operado a tumor no cérebro

sally robertsA justiça britânica contrariou a decisão da mãe e permite que Neon Roberts, um menino de sete anos, seja operado a um tumor no cérebro. Sally, a mãe, tem recusado devido ao receio de danos a longo prazo, mas o juiz David Bodey decidiu que Neon não tem “o luxo do tempo”.

Um caso de saúde terminou nos tribunais britânicos, com a justiça a decidir o contrário do que a mãe tinha determinado. O motivo da disputa é um tumor no cérebro de Neon Roberts, um menino de sete anos. Desde a primeira intervenção cirúrgica, há um ano, que os médicos insistem na necessidade da criança receber tratamentos de radioterapia, mas a mãe, Sally Roberts, tem recusado por temer danos a longo prazo, como problemas cerebrais ou infertilidade.

O conflito chegou então à divisão de casos familiares da justiça britânica, cabendo ao juiz David Bodey decidir um caso que o próprio considerou de “extrema urgência”. Como Neon Roberts não tem “o luxo do tempo” para poder assumir a decisão, o juiz ordenou que a criança seja sujeita às operações e tratamentos necessários, com esse conjunto de atos médicos a ter de ficar decidido, ainda esta semana, pelo tribunal.

A decisão baseou-se em diversos pareceres médicos, na sequência dos exames terem revelado que uma parte residual do tumor, com cerca de 1,5 centímetros quadrados, ainda se encontra alojada no cérebro de Neon, cuja expetativa de vida é de alguns meses. Em tribunal, um especialista referiu que a criança pode morrer “dentro de um período relativamente curto” sem os tratamentos que a mãe tem recusado.

A 5 de dezembro, Sally e Neon foram reportados como desaparecidos e, quando encontrados pela polícia, a mãe explicou que tinha “entrado em pânico”. A progenitora não se conforma com o alto risco de uma eventual segunda cirurgia e tem pedido tempo para consultar mais especialistas, um “luxo” que, de acordo com o juiz, o pequeno Neon não dispõe.

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