Cem chicotadas é a sentença para esta jovem, com 15 anos, violada pelo padrasto. ‘Crime’: uma relação antes do casamento, que a adolescente foi obrigada a praticar. O caso ocorreu nas Maldivas, onde a Justiça foi célere a condenar a menor, mas ainda não terminou o processo relativo ao padrasto, acusado de violação e morte de um recém-nascido, fruto de violações reiteradas.
A impressionante história desta menor das Maldivas começa com as violações praticadas de forma repetida pelo padrasto. A criança foi abusada por diversas vezes, sendo que dessas agressões resultou uma gravidez.
O padrasto matou o recém-nascido e ocultou o cadáver na ilha de Feydhoo, a norte do país. Responde na Justiça por esses crimes, sendo que a mãe da menor também se sentará no banco dos réus, por cumplicidade nesta morte.
No entanto, a primeira condenação – 100 chicotadas – será aplicada à vítima das agressões praticadas pelo padrasto. Segundo fonte do tribunal, a adolescente de 15 anos de idade é considerada culpada de uma relação pré-nupcial, o que constitui uma ilegalidade nas Maldivas, punível com mais violência.
Naquele país, só após o casamento as relações são permitidas. E nem o facto de decorrerem de violações constitui atenuante.
A história é contada pela BBC News, que conta ainda que o padrasto é o suspeito da violação e da morte do feto gerado pela gravidez mais do que indesejada da menor. Apesar da gravidade do crime, ainda aguarda o julgamento, tal como a sua esposa, mãe da adolescente condenada – que ocultou a história às autoridades das Maldivas.
O governo local não concorda com a condenação da jovem e admite mudar uma lei absurda. As 100 chicotadas serão dadas quando a menor completar 18 anos de idade, ou antes, mas apenas se for sua vontade.