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Júlio Mendes diz que Vitória de Guimarães perdeu nove pontos devido à arbitragem

O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, disse hoje que os erros de arbitragem terão custado provavelmente nove pontos e um eventual lugar no pódio da I Liga de futebol ao clube minhoto, quinto com 22 pontos.

O dirigente prosseguiu hoje a avaliação de seis em seis jornadas ao desempenho dos árbitros, prometida em agosto, tendo realçado que a equipa perdeu provavelmente quatro pontos entre as oitava e 13.ª jornadas, nos duelos com o Boavista, da nona jornada (0-0), e com o Aves, da 13.ª (1-1), já depois de ter dito que as arbitragens sonegaram cinco pontos à equipa entre as segunda e sétima rondas.

“Feito o balanço destes dois jogos, estamos a falar de quatro pontos. Não é pouca coisa. Há cinco que vêm de trás, mais quatro daqui, ainda que uma ou outra situação pudesse não se materializar em golo. Estamos a falar de um valor significativo, que faz toda a diferença na progressão da tabela classificativa”, afirmou, durante uma conferência de imprensa no Estádio D. Afonso Henriques.

Caso tivesse esses nove pontos a mais neste momento, o Vitória estaria igualado na segunda posição da competição com o Sporting (31 pontos), precisamente o próximo adversário dos minhotos, no domingo, às 20:00, para a 14.ª jornada, com o responsável a dizer que esse duelo poderia ser diferente, mas a recusar qualquer pressão sobre o árbitro do desafio.

Numa apresentação acompanhada por alguns vídeos, o dirigente queixou-se de dois penáltis por assinalar frente ao Boavista, no jogo do campeonato, arbitrado por Tiago Martins – mão na bola de Obiora, aos 60 minutos, e alegada falta de Neris sobre Davidson, aos 83 -, tendo justificado que lances semelhantes ao primeiro, no Feirense-Tondela (2-4) e no Belenenses-Portimonense (1-1), e ao segundo, no Sporting-Nacional (5-2), foram assinalados.

Júlio Mendes considerou também que houve uma grande penalidade por marcar no jogo com o Desportivo das Aves, num lance entre Welthon e o guarda-redes André Ferreira, aos 80 minutos, no qual o árbitro Carlos Xistra utilizou o videoárbitro, mas não assinalou o castigo máximo.

Além dos jogos da I Liga, o presidente vitoriano queixou-se ainda da expulsão de Mattheus Oliveira, ao minuto 35 do jogo entre Vitória e Boavista, para os oitavos de final da Taça de Portugal, na quarta-feira, tendo realçado que o árbitro Fábio Veríssimo cumpriu o regulamento, mas teve um critério díspar face a protestos semelhantes, dos jogadores Alex Telles (FC Porto), Rafa (Benfica) e Fábio Coentrão (Sporting, na época passada), admoestados com amarelo.

“Quando existe esta diferença de tratamento e os regulamentos são iguais, não conseguimos credibilizar o futebol português. A nossa revolta tem a ver com o facto de que este é que era o padrão: um amarelo, e o jogo prosseguia”, disse.

Apesar de ter vincado que o Vitória de Guimarães merece “respeito” e que “há coisas a corrigir” na arbitragem portuguesa, Júlio Mendes considerou que os árbitros estão cada vez “mais capazes” e que, nesta época, têm cometido menos erros e apresentado um critério mais uniforme face a anos anteriores.

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