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Júlia Pinheiro tombou em lágrimas com história de Pedrógão

A tragédia de Pedrógão Grande fez Júlia Pinheiro ultrapassar uma barreira emocional que a apresentadora confessa raramente ultrapassar. Júlia Pinheiro revelou ainda que se sentiu marcada pela história de um jovem que se salvou dos fogos de Pedrógão Grande, mas que acabou por perder parte da família. “Raramente choro mas tombei”, diz a apresentadora num relato emotivo.

“Quero aqui deixar a nota de uma pessoa que conheci no outro dia. Eu tive um jovem comigo, um homem notável de 24 anos, chamado Marcelo do qual eu nunca me esquecerei na vida”, começou por contar à revista Maria.

“O Marcelo perdeu a irmã de três anos e a avó. Ele é de Pedrógão, da famosa pequena aldeia do Nodeirinho onde as pessoas se salvaram, as que conseguiram, porque se enfiaram dentro de um tanque”, prosseguiu.

Com largos anos de experiência em televisão, Júlia Pinheiro, emocionada, continuou a relatar o que reteve da história.

“O Marcelo teve de sair de um carro em chamas onde a irmã, de três anos com uma chucha na boca, é a última imagem que ele tem, morreu. Ela e a avó não conseguiram libertar-se. Nem ele nem a mãe, que estavam dentro do carro, conseguiram libertá-las porque as borrachas que celam as portas derreteram”.

Júlia Pinheiro confessa que o relato de Marcelo a fez passar um limite que, por norma, não costuma passar.

“Mal ele saiu eu tombei completamente”

“Raramente choro, é um problema que eu tenho, muito menos nos programas. Tenho muito aquela penetração de que estou ali para amparar as pessoas não estou para as afligir com as minhas lágrimas… mas aguentei-me. Mal ele saiu eu tombei completamente. E, para mim, o Marcelo, o relato dele, é o meu herói”.

O fogo de Pedrógão Grande, em junho de 2017, deixou um rasto de destruição e matou 65 pessoas.

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