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Juíza suspende internamento para evitar anulação de prova do Face Oculta

face_ocultaO julgamento do caso Face Oculta foi retomado, nesta quarta-feira, no Tribunal de Aveiro, depois de suspenso devido a doença de um elemento do coletivo de juízes. Liliana Carvalho deixou o hospital de Vila Real, participando na sessão de hoje, para evitar que o julgamento fosse anulado e regressasse ao início. Ministério Público pediu o arresto dos bens de Paulo Penedos e inspetor garante que houve negócios viciados entre as empresas de Manuel Godinho e o Estado.

Suspenso a 25 de novembro, o julgamento do processo Face Oculta foi hoje retomado, no Tribunal de Aveiro. Para evitar que todas as sessões já realizadas fossem anuladas, a juíza Liliana Carvalho deixou o hospital de Vila Real, onde estava internada, e marcou presença na sessão de desta quarta-feira.

A juíza encontra-se muito fragilizada e apenas compareceu na sessão para evitar a anulação da prova. Caso fosse ultrapassado um prazo de 30 dias entre sessões, o julgamento teria de ser anulado. Todas as audiências já realizadas não teriam validade, sendo que o processo teria de recomeçar.

O advogado de defesa de José Penedos desvalorizou o caso – que não é único –, manifestando o desejo de que “tudo corra bem” na recuperação de Liliana Carvalho. “Mais mês, menos mês, o que importa, além da recuperação da juíza, é o resultado final deste processo”, disse Rui Patrício.

A sessão de hoje demorou algumas horas e serviu para que o Tribunal de Aveiro ouvisse o inspetor da Polícia Judiciária que teve a seu cargo a investigação do caso. Rui de Carvalho duvida do volume de negócios apresentado pelas empresas do arguido Manuel Godinho.

Segundo o inspetor, houve pesagens viciadas, nas sucatas, uma vez que não existia em nenhuma empresa do Estado balanças preparadas para realizar pesagens com o volume avaliado.

O Ministério Público, entretanto, solicitou o arresto de alguns bens de Paulo Penedos, também arguido no processo. O objetivo era salvaguardar valores, em caso de condenação ao pagamento de indemnizações. Penedos contrapôs, alegando que nada deve ao Estado que justifique este arresto. A juíza irá tomar uma posição, em janeiro, sobre este pedido do Ministério Público.

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