Desporto

Juiz defende que Bruno de Carvalho “potenciou clima de animosidade”

Despacho de um juiz do Barreiro, relativo ao processo do ataque à academia de Alcochete, sustenta que o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, “potenciou um clima de animosidade” que já existia, entre jogadores e claque. O magistrado fala num “espírito de terror” e defende que o ataque colocou em risco a participação dos jogadores no Mundial’2018.

Num despacho com data da passada sexta-feira, a que a TVI teve acesso, um magistrado do Tribunal do Barreiro defende que “os comentários” de Bruno de Carvalho “potenciaram o clima de animosidade que já existia entre a Juve Leo, os jogadores e a equipa técnica, face a alguns inêxitos de resultados desportivos”.

O juiz também considera, naquele documento, que o antigo líder da Juve Leo, Fernando Mendes, preparou o ataque, enviando “os soldados” [alusão aos restantes arguidos] à sua frente.

O despacho fala ainda num “espírito de terror”, que envolveu todos os arguidos, desde os cabecilhas aos “soldados”.

“Envolvidos neste espírito de terror, os presentes arguidos engendraram o plano que colocou os ‘soldados’ à frente, de cara tapada, ficando atrás, de cara destapada, conferindo os estragos e as vitórias que, pelo menos neste desafio, tiveram”, refere o despacho.

Recorde-se que 27 pessoas foram detidas e estão em prisão preventiva, na sequência dos ataques à academia de Alcochete, que originaram uma debandada em Alvalade, com seis jogadores a rescindirem contrato. Os arguidos vão responder por terrorismo.

Depois de Rui Patrício e Podence, também Gelson, Bruno Fernandes, William e Bas Dost quebraram o vínculo, de forma unilateral, nesta segunda-feira.

O presidente do Sporting revelou que são previsíveis mais saídas do clube.

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