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Jovens e crianças não dormem o que precisam com graves riscos para a saúde

Inquérito feito nas escolas de Lisboa e de Soure revelam que metade dos jovens tem taxas de sonolência excessivas, o que se reflete na sua aprendizagem e na saúde. Crianças e adolescentes enfrentam riscos acrescidos de hipertensão, diabetes, depressão e insónia. “Dormir assim tem um risco aumentado de cancro”, realça neurologista Teresa Paiva.

Uma professora e uma médica foram em busca de informação e chegaram a conclusões preocupantes: metade das crianças e adolescentes portugueses auscultadas neste inquérito apresenta taxas de sonolência excessiva e dorme a quantidade de horas exigida.

A neurologista Teresa Paiva e a professora universitária Helena Rebelo Pinto (que leciona na área da Psicologia) desenvolveram um estudo que associa as poucas horas de sono a diversos problemas de saúde e às dificuldades na aprendizagem.

As perturbações do sono são uma preocupação crescente – a avaliar pelo aumento de procura de consultas –, mas a verdade é que as ‘vítimas’ deste problema se recusam a alterar os seus hábito: dormem pouco porque definiram um estilo de vida que impede um sono regrado.

Segundo refere Teresa Paiva, citada pelo jornal Público, “há provas de taxas de sonolência excessiva em mais de 50 por cento dos estudantes”. Este facto acarreta “um impacto negativo no sucesso escolar”.

Dormir menos do que o necessário “têm um risco aumentado de hipertensão arterial, diabetes, insucesso escolar, depressão, obesidade e insónia”, avisa a neurologista, que sublinha o facto de se tratar de “doenças crónicas”, que acompanham a pessoa em toda a sua vida.

Nas férias, e no caso dos adolescentes, definem-se hábitos invertidos. Durante a noite e madrugada, divertem-se, o que os leva a dormir até ao início da tarde. Este período de descanso, na realidade, não o é, porque o “sono não tem tanta qualidade”. “Dormir assim tem um risco aumentado de cancro”, realça.

Crianças e adolescentes não repousam as horas suficientes e criam uma rotina que lhes provocará dificuldades em adormecer cedo, quando regressam as aulas. E precisamente nas aulas enfrentam problemas na “aquisição de conhecimentos”.

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