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José Sócrates acusa Rui Rio de proferir “velhacas insinuações” em “julgamentos de tabacaria”

O antigo primeiro-ministro José Sócrates, que tinha criticado Rui Rio pelo fim dos debates quinzenais no Parlamento, afirmou que a resposta do líder do PSD não passa de um conjunto de “velhacas insinuações”.

Faz amanhã uma semana que Sócrates atacou Rio e António Costa, depois do Parlamento aprovar o fim dos debates quinzenais. “Não são grandes oradores”, ironizou.

A resposta de Rui Rio foi dada ontem, durante a entrevista do presidente do PSD à RTP3, também em tom irónico.

“O engenheiro Sócrates vem agora defender os debates quinzenais e bem, porque percebe-se que foi ali devidamente fiscalizado e antes dele e era tudo uma pouca vergonha e uma rebaldaria. Com os debates quinzenais houve ali uma fiscalização a sério, a ele e ao seu Governo”, ‘picou’ Rui Rio.

José Sócrates interpretou estas declarações como “alusões indiretas ao processo Marquês”, conforme explicou numa nota que enviou à agência Lusa.

“Fê-lo mais ou menos da mesma forma que antes havia sido utilizada pelo juiz Carlos Alexandre, recorrendo a velhacas insinuações”, salientou o antigo líder socialista.

Lembrando que está “há seis anos” a defender-se de “acusações falsas, injustas e absurdas”, que colocam em causa a sua “honestidade e a honra dos governos” que liderou, Sócrates encontrou nas palavras de Rui Rio a “intenção de sempre da direita” desde que foi iniciada a Operação Marquês.

“Negar-me o direito a protestar a minha inocência, negar-me o direito de defesa e, em última análise, condenar-me sem julgamento. Talvez um dia alguém lhe pergunte se lhe resta ainda algum sentido de decência e lhe lembre que os julgamentos de tabacaria não passam a ser válidos em função das circunstâncias”, finalizou José Sócrates, o principal arguido do processo.

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