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José Pedro Fontes vence duelo à décima no Rali Vidreiro

Tanto José Pedro Fontes como Ricardo Teodósio poderiam ter ganho a edição 2019 do Rali Vidreiro Centro de Portugal, que hoje se concluiu na Marinha Grande.

O piloto algarvio partia para este segundo dia com menos de um segundo de vantagem sobre Fontes e sobre Bruno Magalhães, e começou-o ao ataque, como lhe competia, ganhando o primeiro troço da manhã.

Fotos: Ricardo Cachadinha

Mas o piloto do Citroën C3 R5 tinha outras ideias. Vencedor no Rali Terras D’Aboboreira, Fontes ‘respondeu’ no segundo troço matinal e ficou seis décimas à frente do seu rival. Depressa se percebeu que o duelo entre os dois poderia ir até ao último metro de classificativa na prova do Clube Automóvel da Marinha Grande. E foi exatamente isso que sucedeu.

Bruno Magalhães ainda procurou ‘baralhar as contas’ impondo-se na sexta especial, mas José Pedro Fontes ‘segurava’ o líder do campeonato atrás de si e por uma minúscula décima. A decisão iria pois para os dois derradeiros troços cronometrados.

Na penúltima classificativa Ricardo Teodósio recuperou a liderança do rali ganhando dois segundos ao seu mais sério adversário, mas ‘Zé Pedro’ tinha uma última ‘cartada’ para jogar na última especial e conseguiu conquistar nove segundos ao algarvio, batendo-o na luta pela vitória por somente seis décimas.

Este ‘photo-finish’ ficou para a história, e leva a decisão do Campeonato de Portugal de Ralis para a derradeira prova, no Algarve, onde Ricardo Teodósio quererá fazer funcionar o ‘fator-casa’.

Bruno Magalhães, qual espetador privilegiado do duelo pela vitória, fez uma prova ao ataque, como acontecera no ‘Terras D’Abobreira’, mas não se deu tão bem com as classificativas da zona de Pedrogão e de São Pedro de Moel. Ainda assim subiu ao último lugar do pódio, a pouco mais de oito segundos do vencedor.

O piloto de Lisboa foi mais uma vez o melhor representante da Hyundai, já que Armindo Araújo esteve muito ‘apagado’ e viria mesmo a terminar a prova na quinta posição, vendo-se superado por Pedro Meireles, que aos comandos do Volkswagen Polo GTi R5 fez porventura a sua melhor prova de 2019.

João Barros parecia, no primeiro dia, capaz de repetir a exibição da prova anterior, mas o piloto de Paredes acabou por se ressentir da grande falta de confiança que os escorregadios pisos das classificativas do Rali Vidreiro lhe deram e acabou na sexta posição.

Nas duas rodas motrizes a vitória acabou por ir para Gil Antunes, apesar do piloto de Sintra ter apanhado um susto quando deu um ligeiro toque com o seu Renault Clio R3T. Ainda assim conseguiu terminar com mais de 33 segundos de vantagem sobre o seu mais direto adversário na categoria, Rafael Cardeira.

Classificação final
1º José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën) 1h03m41,0s
2º Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda + 0,6s
3º Bruno Magalhães/Hugo Magalhães (Hyundai) + 8,2s
4º Pedro Meireles/Mário Castro (Volkswagen) + 1m03,5s
5º Armindo Araújo/Luís Ramalho (Hyundai) + 1m19,3s
6º João Barros/António Costa (Skoda) + 2m03,2s
7º Pedro Almeida/Miguel Ramalho (Skoda) + 2m28,6s
8º Luís Rego/Jorge Henriques (Ford) + 3m33,0s
9º Manuel Castro/Ricardo Cunha (Hyundai) + 4m05,6s
10º António Dias/Nuno Rodrigues da Silva (Skoda) + 5m59,9s

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