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José Pedro Fontes “triste mas não desanimado” com saída de estrada em Mortágua

Tendo chegado à liderança do Rali de Mortágua no decorrer do segundo dia de prova, nada fazia prever que José Pedro Fontes e Inês Ponte acabassem o evento fora de estrada, depois de um acidente na penúltima especial da prova.

Até ao momento da saída de estrada Fontes estava a realizar uma prova notável, já que saindo para a estrada e sendo o oitavo a passar nas classificativas conseguiram tempos entre os quatro primeiros nas classificativas matinais do segundo dia.

Fotos: AIFA

O piloto do Porto regressou à assistência na quarta aposição, a somente 3,4 segundos do então líder Ricardo Teodósio e a apenas 1,6 segundos do último degrau do pódio, pelo que a tarde prometia revelar-se ainda mais quente.

Na segunda ronda o piloto do Citroën C3 R5 foi o mais rápido no troço de Moitinhal, tirando cinco segundos ao tempo da manhã, o que lhe permitiu ascender à segunda posição. Em Chão de Calvos repetiu a façanha, melhorando a sua marca em seis segundos. O que o deixou a apenas quatro décimas do primeiro lugar.

Nos 18 quilómetros de Sobral/Tojeira Fontes alcançaria finalmente a liderança, com novo triunfo, impressionante, pois retirou 17 segundos ao registo da manhã. Manteve essa toada em Felgueira, especial cumprida em menos 12 segundos que na anterior passagem.

A derradeira passagem pelos troços de Moitinhal e Chão de Calvos, em pouco mais de 12 km ao cronómetro, a derradeira secção revelar-se-ia decisiva para as pretensões do piloto do Porto, pois as diferenças entre os primeiros eram relativamente curtas. A dezena de segundos sobre Teodósio obrigava a andar depressa e qual das duas especiais, mas na  11ª e penúltima classificativa desfez-se o sonho.

“Tudo aconteceu na fase final do troço, numa zona que nem identificámos como perigosa, apesar de rápida e estreita. Num ressalto a traseira do carro escorregou e embateu com alguma violência, impedindo-nos de continuar em prova”, contou ‘Zé Pedro, que tal como a sua navegadora nada sofreram em termos físicos, apesar do C3 R5 ter ficado bastante danificado.

Apesar do resultado, o piloto do Citroën Vodafone Team salienta algumas ilações positivas deste Rali de Mortágua: “É verdade que o desfecho foi negativo, mas não posso deixar de sublinhar a excelente performance que rubricámos e que tinham tudo para ser materializada num triunfo. Estou triste, mas não desanimado. Acho que temos condições para voltar a andar a este ritmo e lutar pela vitória em qualquer das provas que temos pela frente”.

“Depois das super especiais de sexta-feira, sábado teve duas fases distintas: uma de manhã, em que os troços estavam muito duros, com muita pedra solta, o que degradou um pouco os nossos pneus, não nos permitindo chegar tão longe quanto queríamos, e outra de tarde em que, com uma melhor escolha de pneus, conseguimos impor as valências do nosso C3 R5. Vencemos quatro troços e preparávamos para vencer o rali, só que o destino assim não quis…”, lamentou José Pedro Fontes.

Ainda assim o piloto portuense promete regressar mais forte para a próxima prova do Campeonato de Portugal de Ralis: “Lamento o sucedido em boa parte por não poder dar à minha equipa um triunfo que parecia certo. Resta-me dar os parabéns ao vencedor e iniciar já a preparação do Vodafone Rally de Portugal”.

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