José Maria Lopez dominou por completo a primeira corrida do campeonato do mundo de carros de turismo (WTCC) em Vila Real. O argentino da Citroën tirou partido da ‘pole position’ para assumir o comando na largada.

Depois o campeão do mundo afastou-se dos seus adversários acabando por impor-se com grande vantagem sobre Sebastien Loeb, que seguiu o seu companheiro de equipa como uma sombra durante toda a corrida.

“Foi uma corrida muito dura. Sabia que teria de estar bastante concentrado para poder fazer uma boa partida. O que consegui. Depois procurei um ritmo que me permitisse conservar o comando. Cometi um pequeno erro na primeira volta e percebi que me tinha de concentrar ainda mais”, começou por dizer ‘Pechito’ Lopez no final da prova.

“Esta é uma pista muito exigente, que dá um tratamento muito duro à mecânica, pneus e também tem os muros muito próximos e estreita. Nas últimas voltas senti muito fisicamente, devido ao muito calor que se faz sentir no interior do carro”, acrescentou o campeão do mundo.

Já para Sebastien Loeb a largada e o que podia fazer em relação a Lopez: “Sabia que aqui seria determinante a partida. Pensei que poderia fazer um bom arranque e talvez surpreender José Maria, mas não deu. A partir daí, e devido à natureza desta pista procurei manter-me perto dele, mas nem isso consegui. A partir daí procurei concentrar-me para garantir o segundo lugar”.

Atrás dos dois pilotos da Citroën, Norbert Michelisz fez uma prova plena de agressividade, já que nas últimas voltas viu Gabriele Tarquini aproximar-se, mas não demasiado. O húngaro conseguiria defender-se do italiano da Honda, que teve mesmo de contentar-se com a quarta posição.

“Devo dizer que estou apaixonado por este circuito. Duro sob muitos pontos de vista. Exigente para os pilotos, devido ao muito calor e a ser um traçado técnico, e também para os carros e pneus. Sabia que se conseguisse fazer uma boa partida dificilmente perderia a terceira posição, pois é muito difícil ultrapassar aqui. Além disso percebi que o Gabriele e o Tiago tinham passado o Hugo, por isso procurei por-me a salvo deles. Estou muito contente com este quinto lugar”.

Tiago Monteiro terminou no top cinco após uma boa largada, em que logrou ganhar uma posição, beneficiando de uma má partida de Hugo Valente. Depois procurou aproximar-se de Tarquini, mas em vão, pois o andamento do seu companheiro de equipa era muito forte.

Nas últimas voltas o piloto português viu mesmo Ma Quing Hua aproximar-se, mas aumentou o ritmo e o chinês da Citroën teve mesmo de satisfazer-se com a sexta posição, diante do seu companheiro de equipa Yvan Muller.

O francês beneficiou também da má largada de Hugo Valente para terminar na sétima posição, mas não conseguiu depois ir à procura de Ma e de Tiago Monteiro.

Enquanto Hugo Valente terminou a sua prova nas boxes, a contas com problemas no seu Chevrolet Cruze. Facto que também jogou em favor dos três pilotos da Lada, que terminaram nas restantes posições pontuáveis, sendo Jaap Van Lagen o melhor colocado.

Classificado
1.º José Maria Lopez (Citroën) 26m23,906s
2.º Sebastien Loeb (Citroën) + 1,519s
3.º Norbert Michelisz (Citroën) + 5,519s
4.º Gabriele Tarquini (Honda) + 5,711s
5.º Tiago Monteiro (Honda) + 9,402s
6.º Ma Quing Hua (Citroën) + 12,807s
7.º Yvan Muller (Citroën) + 21,126s
8.º Jaap Van Lagen (Lada) + 22.324s
9.º Nick Catsburg (Lada) + 27,636s
10.º Robert Huff (Lada) + 28,860s

Fotos: Ricardo Cachadinha