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Jornalista de Lisboa critica escolha do Porto para candidatura à Agência Europeia do Medicamento

Um jornalista que reside na região de Lisboa escreveu, para a versão europeia do Político, um artigo que critica a “mudança de última hora” na candidatura do Porto – e não da capital, já com duas agências europeias – para acolher a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla internacional).

Paul Ames acusa os políticos portugueses de “mutilarem” as hipóteses do país receber o organismo que vai deixar Londres, na sequência do Brexit, apontando o dedo ao “Governo socialista” pela “mudança de última hora” na cidade a candidatar.

“Durante meses, Lisboa era a escolha do país para receber a agência, mas o protesto das autoridades do Porto levaram Portugal a mudar, à 11.ª hora, a proposta: o Governo deixou cair Lisboa a cerca de duas semanas do prazo limite de 31 de julho e anunciou que vai antes candidatar a cidade nortenha”, escreveu o jornalista.

Apontando como rivais “Copenhaga, Milão e Barcelona”, Paul Ames sustentou que a decisão do Governo se deve à proximidade das eleições, visando “conquistar votos a norte quando o país for votar nas autárquicas de 1 de outubro”.

O autor lembrou também que, “em junho, o primeiro-ministro António Costa escreveu a Rui Moreira frisando que Lisboa seria a melhor escolha dada a proximidade com a agência nacional de medicina de Portugal, o Infarmed, e com as duas agências europeias que já se encontram na capital”.

Costa terá ainda escrito, continuou o jornalista, que “a existência de três agências permitia justificar a abertura de uma escola europeia em Lisboa”.

Argumentos que não convenceram o presidente da Câmara do Porto, que protestou. E “a pressão deu resultado”, concluiu o autor do artigo, publicado num dos mais influentes jornais mundiais.

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