A jornalista egípcia Doaa Salah foi condenada a três anos de prisão por defender, na televisão, que as mulheres deviam ter a possibilidade de optar serem mães solteiras. As declarações remontam a julho passado, ao programa Al Nahar, mas a decisão da justiça só agora foi conhecida.
A reação do Sindicato de Meios de Comunicação foi imediata, à data, e levou à suspensão do programa, por denegrir “os princípios profissionais e morais” e por “propagar ideias e pensamentos que alienam a sociedade egípcia e ameaçam o tecido familiar”.
No programa, Doaa apareceu a simular uma gravidez e explicou ainda o processo de doação de esperma, uma prática proibida no Egito.
Neste contexto, a jornalista foi condenada, por um tribunal de delitos menores, a três anos de prisão e a multa no valor de 10 mil libras egípcias – cerca de 486 euros.
Este é mais um episódio contra a liberdade de expressão no Egito, que tem vindo a aumentar progressivamente desde 2013, depois do golpe de estado que levou ao poder o chefe do Exército Adelfatha al Sisi.
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